A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia de Homicídios de Uberlândia, concluiu, nesta quarta-feira, as investigações sobre o assassinato de uma mulher, ocorrido no dia 25 de setembro. Gislene Alves da Silva, 31 anos, grávida de sete meses, foi encontrada morta com 13 facadas, dentro de casa, no bairro Presidente Roosevelt. Após oito meses de investigação, os policiais concluíram que o filho da vítima de 14 anos cometeu o homicídio.
No dia da morte, o filho de Gislane chamou a Polícia Militar alegando ter encontrado a mãe morta. Segundo o delegado Luciano Alves dos Santos, que presidiu as investigações, até então o garoto estava livre de qualquer suspeita. "Porém, o contexto era intrigante e investigamos o próprio filho, que acabou por confessar o crime", complementou.
Segundo Santos, inicialmente todas as suspeitas recaíram sobre o companheiro da vítima, de 33 anos, de quem ela estava grávida e já tinha outro filho de 4 anos. A criança, inclusive, presenciou a morte da mãe, mas, em estado de choque, não conseguiu dar informações precisas sobre o crime. "O álibi do companheiro dela foi convincente e a suspeita foi descartada", afirmou.
Segundo o delegado, o adolescente confessou o crime e disse que matou a mãe porque tinha tido uma discussão com a ela na mesma noite. "Durante a discussão, a mãe desmaiou, em face de problemas de saúde, e com ela ainda desacordada, ele a esfaqueou", disse. A faca utilizada foi encontrada no telhado da casa de uma vizinha.
O delegado informou que encaminhou os autos ao Juizado da Infância e da Juventude, que decidirá sobre o destino do adolescente. Uma cópia do inquérito foi enviada para a Delegacia de Orientação ao Menor.
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