Governador diz que medida é viável, no contexto da política de corte de gastos na máquina
Silval admite fundir Secopa e Esportes e efetivar Guimarães
O governador Silval Barbosa (PMDB) revelou, na tarde desta quarta-feira (30), que estuda fundir a Secretaria Extraordinária Copa (Secopa) com a Secretaria de Esportes.
O chefe do Executivo afirmou que não fará mudanças na estrutura da Secopa, mas não quis dar mais detalhes sobre o futuro de José de Assis Guaresqui, que responde pela pasta de Esportes. A Secretaria da Copa é comandada por Maurício Guimarães que, segundo informações da cúpula do PR, e conforme Silval deixou transparecer, será efetivado no cargo.
“Não vou extinguir nem mexer na Secopa, mas falam em uma junção com a Secretaria de Esportes. Vou discutir melhor com a Assembleia Legislativa sobre levar a pasta para dentro da Secopa”, revelou o governador, após a solenidade de assinatura de convênio que destina R$ 1,28 milhão ao Hospital do Câncer de Cuiabá, no Palácio Paiaguás.
A união das pastas seria uma forma de dar continuidade ao processo de corte de gastos, e pode culminar numa ampla reforma. Até agora, segundo Silval, o Estado já rescindiu os contratos de 2 mil funcionários terceirizados.
“Depois que o presidente [da Assembleia Legislativa] José Riva (PSD) começou a cobrar, eu me comprometi e estamos cortando e fazendo o que tem que ser feito”, observou Silval. O presidente do Legislativo é um dos mais ferrenhos defensores do enxugamento da máquina administrativa e de uma ampla reforma que resulte em economia aos cofres do Estado.
Riva, que também compareceu à solenidade, elogiou a atitude de Silval. “A economia com a demissão de 2 mil terceirizados é grande. Mas precisamos de um Estado mais enxuto, com atividade meio menos onerosa”, apontou.
Ele se eximiu de opinar sobre a possível fusão de secretarias. “A reforma tem vários possibilidades. Seria antiético da minha parte me colocar sem a discussão do governador com os outros partidos”, disse.
Espaço do PSD
O governador voltou a externar seu desejo de trazer o PSD de volta para dentro da estrutura do Estado, com cargos. “Com certeza, o PSD é um partido importante. Estou fazendo uma reformulação, e o PSD está me apoiando e me ajudando”, disse.
Principal líder da legenda, José Riva reafirmou que o PSD não está preocupado com cargos, mas sim com a situação do Estado. “A equipe tem que ser o mais técnica possível para ter o resultado político esperado”, concluiu.
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