A Polícia Federal (PF) e a Corregedoria Geral da União (CGU), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e Estadual do Mato Grosso do Sul lançaram, nesta quinta-feira, uma operação com o objetivo de desarticular em esquema de fraude de licitações e desvio de recursos públicos em Corumbá e Ladário, a 350 km de Campo Grande, capital do Estado.
As investigações, conduzidas há cerca de um ano, apontam a ocorrência de fraudes e direcionamentos em licitações, corrupção, falsidades, desvio de recursos públicos e pagamento de propinas, com o envolvimento de servidores públicos municipais e empresários. As licitações e contratos suspeitos de fraudes envolvem milhões de reais em recursos federais, do Sistema Único de Saúde, da Educação Básica e de obras de infraestrutura.
Segundo a PF, as portas das duas prefeituras foram fechadas. Somente autorizados pela PF puderam entrar nos locais. Técnicos de informática foram chamados para acessar os computadores dos órgãos públicos. Quatro pessoas, funcionários da prefeitura da cidade, tiveram a prisão temporária decretada. Outras 28 pessoas, entre empresário e servidores, tiveram de comparecer à delegacia de Corumbá para prestar depoimento. A 1ª Vara Federal de Corumbá ainda expediu 36 mandados de busca e apreensão e determinou o afastamento cautelar das funções de oito empregados municipais. A ação contou com a participação de 100 policiais federais, 16 auditores da CGU e 4 integrantes da Força Nacional de Segurança Pública.
A Operação Decoada surgiu como um desdobramento da Operação Questor, que, em maio de 2011, prendeu 7 pessoas acusadas de fraudes e direcionamentos em licitações, corrupção, falsidades, desvio de recursos públicos e pagamento de propinas em Ladário. Na época, MPF, MPE, CGU e PF comprovaram, após um ano de investigação, prejuízo de mais de R$ 500 mil aos cofres públicos.
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