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Polícia
Quinta - 31 de Maio de 2012 às 16:32
Por: Renê Dióz

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Os três filhos da ex-coordenadora de controle da Conta Única do Estado permaneceram calados durante interrogatório na Delegacia Fazendária (Defaz) no início desta tarde.

Segundo informou o advogado Roger Fernandes, esta foi a estratégia de defesa, uma vez que os três não têm qualquer relação com o Estado ou com o esquema investigado pela polícia de desvio de recursos públicos – na ordem de R$ 12,9 milhões –perpetrado dentro da Secretaria de Fazenda (Sefaz) de 2007 a 2011.

Giovani, Giuliano e Gianne tiveram os nomes citados pela própria mãe, Magda Mara Curvo Muniz, quando esta foi interrogada pela delegada Cleibe Aparecida de Paula.

Apontada como a principal articuladora do esquema, Magda mencionou os filhos quando questionada sobre a propriedade da casa onde reside, no condomínio Belvedere, e de como se mantinha financeiramente.

Magda informou que a construção milionária onde reside é de propriedade de Giuliano, que também paga todas as despesas da casa; afirmou também que a casa de seu filho Giovani, logo à frente, foi construída por ele mesmo há aproximadamente quatro anos.

De acordo com a investigação policial, Magda organizava o esquema de fraudes dentro da Sefaz de modo que as quantias desviadas da Conta Única fossem destinadas a contas bancárias de pessoas sem qualquer ligação com o Estado, mas cooptadas principalmente por ela e pelos ex-servidores terceirizados da Sefaz Edson Rodrigo Ferreira Gomes e Glaucyo Fabian Nascimento Ota (já interrogados pela polícia, sendo que Edson confessou sua participação no esquema).

Depois de repassadas por meio de fraudes ao BB PAG, as quantias movimentadas nas contas bancárias eram sacadas e, segundo depoimentos, 80% de cada valor eram repassados para Magda, que negou tudo perante a delegada Cleibe Aparecida de Paula.

Fernandes explicou que os três filhos de Magda foram intimados a depor somente por força dessa menção no interrogatório da ex-servidora. Além de serem filhos dela, eles nunca receberam qualquer quantia supostamente desviada ou repassada pela Sefaz, daí a decisão de não falarem durante o interrogatório.


 






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