Taques se envolve em confusão no Senado e nega defender Demóstenes
Ele saiu dos quadros do Ministério Público Federal para se tornar senador pelo PDT. Neste período de um ano e três meses no cargo, Taques apresentou diversos projetos, segue à risca o que classifica de princípios constitucionais e tem arrumado confusão dentro e fora do Congresso. Com a cúpula do PDT ele não é bem vindo, depois de se manifestar pela queda do ex-ministro do Trabalho Carlos Luppi, "eterno" presidente da legenda. Luppi não atende uma demanda de Taques e até o evita. A relação segue estremecida. A classe política também olha atravessada para o parlamentar mato-grossense por considerá-lo linha dura. Ele desfaz qualquer roda de parlamentares que eventualmente estejam conversando informalmente.
Embora ganhe projeção nacional com pautas polêmicas, Taques enfrenta resistência nas bases. Há pedetistas que consideram-no arrogante e faz críticas pelo fato do senador ditar regras e não dar ouvido aos aliados. Os adversários buscam argumentos para atacá-lo. Estão agora carimbando Taques como defensor do velho amigo Demóstenes Torres (sem partido-GO), que também é originário do MPF e está prestes a ser cassado pela relação perigosa com o contraventor Carlinhos Cachoeira.
Nesta quinta, após bate-boca com parlamentares, Taques fez pronunciamento e disse que nas últimas sessões da CPI do Cachoeira está havendo interpretação equivocada e enfatiza que todos devem obediência à Constituição Federal. Entende que "as investigações mostram que Demóstenes cometeu equívocos graves", mas pondera que o Regimento Interno não pode abrir mão de princípios constitucionais, sob pena de caminhar para o autoritarismo. Destacou que, mesmo que o ex-democrata tenha se recusado a responder aos questionamentos dos membros da CPI, permanecendo em silêncio, a Casa possui subsídios para continuar as investigações.
Taques contrapõe o argumento de que defende Demóstenes. Lembra ter sido um dos primeiros parlamentares a cobrar investigação acerca das relações do bicheiro com agentes públicos e privados. Lembrou que abordou o assunto na Tribuna do Senado, encaminhou representação contra Demóstenes à presidência da Casa e à Procuradoria-Geral da República, redigiu o texto de abertura da CPI e tem apresentado requerimentos com a finalidade de ampliar as investigações.
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