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Política
Sexta - 01 de Junho de 2012 às 18:18

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Após ser acusado de fazer campanha no Programa do Ratinho de quinta-feira, onde apareceu ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o pré-candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse em conversa com jornalistas nesta sexta-feira que sua participação não foi planejada. O evento gerou mal-estar entre outros pré-candidatos, além de críticas da oposição.

Haddad contou que, ao chegar à emissora acompanhado de Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo do Campo, na Grande SP, o apresentador do programa perguntou a ele se poderia responder "uma ou duas perguntas". "O que eu aceitei, claro." O petista disse então que se sentaria na plateia, de onde responderia às perguntas com um microfone, mas "a organização" pediu para ele sentar no sofá do palco, ao lado de Lula.

Durante o programa, Haddad foi largamente elogiado pelo ex-presidente, grande responsável pela indicação de seu nome para concorrer à prefeitura. "Ele vai passar para a história como o ministro que criou o Prouni para 1 milhão de jovens da periferia", afirmou Lula. Após isso, Ratinho indagou Haddad sobre as políticas públicas do governo na área da Saúde, e o pré-candidato teceu críticas à gestão de Kassab.

A aparição na televisão irritou membros da oposição, como Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB. "Não vamos permitir que a campanha seja contaminada de ilegalidade antes de começar", disse. Os pré-candidatos à prefeitura paulistana também chiaram. "Em outros tempos o PT entraria com uma ação para cassar a concessão do SBT. Por servir de palanque", alfinetou Soninha (PPS). "Vamos pedir, na boa, para o Ratinho abrir espaço pra mim no programa. Se não der, a gente vai entrar na Justiça pra me levar", disse Paulinho da Força (PDT).

No sábado, Haddad vai fazer mais uma aparição ao lado do padrinho em um evento para o PT, com presença esperada de 2 mil pessoas.

Descentralização de empregos
Haddad disse ainda que pretende implantar na cidade, caso eleito, um sistema gradual de isenção de impostos para as empresas que se instalarem longe dos polos de maior trânsito na capital. O petista assumiu a autoria da ideia, que deve ser uma de suas principais bandeiras na campanha.

Denominada imposto regressivo de espaço, a medida reduziria os impostos às empresas que mais longe se instalarem dos pontos de concentração de tráfego da cidade. "A ideia é levar o emprego para onde tem moradia, e moradia para onde tem emprego. Aí você promove um equilíbrio na cidade", disse ele, e criticou: "a cidade está sem plano estratégico".

A medida afeta o Imposto sobre Serviços (ISS) e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que podem ser reduzidos a 2% e zero, respectivamente. Os índices, porém, não estão definidos. "A dedução não pode ser nem muito pequena, para não passar despercebida, nem tão grande, para não comprometer o Orçamento", afirmou Haddad. A medida valeria para "toda atividade econômica geradora de emprego", incluindo pequenas e médias empresas.





Fonte: Terra

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