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Traumatizada, uma delas, Arianne, entrou com um processo contra a escola logo em seguida, pedindo R$ 50 mil de indenização por danos morais.
Alunas vivem namoro secreto e são expulsas de colégio interno
Você vai conhecer a história de duas meninas de 17 anos, alunas de um colégio interno no Brasil. Durante seis meses, elas viveram um namoro secreto. Até que os professores ficaram sabendo de tudo. O desfecho foi dramático. E o caso acabou na justiça.
A notícia se espalhou rapidamente pelo Instituto Adventista Brasil Central, um colégio interno da cidade de Abadiânia, no interior de Goiás. A diretoria da escola havia descoberto um romance entre duas garotas e estava reunida em uma comissão disciplinar. Quando isso acontece, os estudantes sabem que vem punição pesada por aí. “As regras são muito rígidas. A gente tem que seguir muitos padrões”, conta uma jovem.
Os pastores e professores analisaram cartas de amor trocadas entre as meninas. E foi dado o veredicto: elas deveriam ser expulsas imediatamente. Isso aconteceu em outubro de 2010.
Traumatizada, uma delas, Arianne, entrou com um processo contra a escola logo em seguida, pedindo R$ 50 mil de indenização por danos morais. A decisão da Justiça ainda deve demorar pra sair. A primeira audiência só aconteceu há duas semanas. “O objetivo do processo é evitar que outras pessoas sejam vítimas de um comportamento bárbaro, próprio da idade média da inquisição”, afirma Marilda Pacheco, mãe de Arianne.
Ariane hoje tem 19 anos e mora com a mãe em Orlando, nos Estados Unidos. A repórter Elaine Bast foi até lá conversar com as duas. “Essa Arianne que você vê hoje aqui mal conversava, parecia um bichinho acuado, se achando o pior dos seres”, conta Marilda.
Quase sempre de cabeça baixa, a menina desabafa: “Não tive chance de falar. Eu pedi só para eles uma chance, só que eles falaram que não dava, porque eles não aceitavam aquilo no colégio, namorar outra menina”.
Arianne conta que ficou sabendo da decisão da diretoria pouco antes de entrar na sala de aula: “Eu fui segunda-feira para aula, e o pastor Geraldo pegou no meu braço e disse que eu iria embora naquele momento. Eu pedi para me despedir dos meus amigos e ele falou que não”, lembra.
“Na época da expulsão dela, eu entrei em contato com a escola e eles me disseram que para eles homossexualismo é crime. É um crime tão sério quanto matar ou roubar”, revela a mãe da jovem.
Procurada pelo Fantástico, a escola negou as acusações de homofobia e alega que o motivo da expulsão foi outro.
“A verdade é que ela infringiu uma regra clara da escola e por isso ela recebeu a sanção do afastamento, a questão da intimidade sexual. O aluno, independente se é um relacionamento homossexual ou heterossexual, ele recebe a mesma consequência”, afirma o diretor do colégio Weslei Zukowski.
O colégio considera como faltas graves o uso de droga, armas e o ato sexual. A punição é o desligamento imediato do aluno.
“A informação chegou por meio das amigas. Ouviram os comentários sobre o que elas tinham feito”, declara o diretor.
Mas Arianne nega que tenha feito sexo com a namorada. Ela mostra na ata da reunião da escola a prova do que, para ela, foi o verdadeiro motivo de sua expulsão: a frase "postura homossexual reincidente".
“Se ela expressa um preconceito, não vou dizer que sim ou que não. Isso vai da mentalidade de cada um, mas a verdade é que houve o fato, houve o ato”, diz o diretor.
Fantástico: A escola aceita alunos homossexuais?
Diretor do colégio: O colégio aceita, muito embora explique as regras do contato físico.
“Discriminação é uma coisa ruim e pode acabar muito com uma pessoa”, ressalta a jovem.
Arianne perdeu contato com a maioria dos ex-colegas de escola e nunca mais viu a ex-namorada. Ela revela que está com dificuldades em se adaptar à vida nos Estados Unidos, mas, para o Brasil, não deve voltar tão cedo: “Eu não gosto de morar aqui, mas é bom um lugar diferente eu não preciso ficar lembrando as coisas do passado”.
A notícia se espalhou rapidamente pelo Instituto Adventista Brasil Central, um colégio interno da cidade de Abadiânia, no interior de Goiás. A diretoria da escola havia descoberto um romance entre duas garotas e estava reunida em uma comissão disciplinar. Quando isso acontece, os estudantes sabem que vem punição pesada por aí. “As regras são muito rígidas. A gente tem que seguir muitos padrões”, conta uma jovem.
Os pastores e professores analisaram cartas de amor trocadas entre as meninas. E foi dado o veredicto: elas deveriam ser expulsas imediatamente. Isso aconteceu em outubro de 2010.
Traumatizada, uma delas, Arianne, entrou com um processo contra a escola logo em seguida, pedindo R$ 50 mil de indenização por danos morais. A decisão da Justiça ainda deve demorar pra sair. A primeira audiência só aconteceu há duas semanas. “O objetivo do processo é evitar que outras pessoas sejam vítimas de um comportamento bárbaro, próprio da idade média da inquisição”, afirma Marilda Pacheco, mãe de Arianne.
Ariane hoje tem 19 anos e mora com a mãe em Orlando, nos Estados Unidos. A repórter Elaine Bast foi até lá conversar com as duas. “Essa Arianne que você vê hoje aqui mal conversava, parecia um bichinho acuado, se achando o pior dos seres”, conta Marilda.
Quase sempre de cabeça baixa, a menina desabafa: “Não tive chance de falar. Eu pedi só para eles uma chance, só que eles falaram que não dava, porque eles não aceitavam aquilo no colégio, namorar outra menina”.
Arianne conta que ficou sabendo da decisão da diretoria pouco antes de entrar na sala de aula: “Eu fui segunda-feira para aula, e o pastor Geraldo pegou no meu braço e disse que eu iria embora naquele momento. Eu pedi para me despedir dos meus amigos e ele falou que não”, lembra.
“Na época da expulsão dela, eu entrei em contato com a escola e eles me disseram que para eles homossexualismo é crime. É um crime tão sério quanto matar ou roubar”, revela a mãe da jovem.
Procurada pelo Fantástico, a escola negou as acusações de homofobia e alega que o motivo da expulsão foi outro.
“A verdade é que ela infringiu uma regra clara da escola e por isso ela recebeu a sanção do afastamento, a questão da intimidade sexual. O aluno, independente se é um relacionamento homossexual ou heterossexual, ele recebe a mesma consequência”, afirma o diretor do colégio Weslei Zukowski.
O colégio considera como faltas graves o uso de droga, armas e o ato sexual. A punição é o desligamento imediato do aluno.
“A informação chegou por meio das amigas. Ouviram os comentários sobre o que elas tinham feito”, declara o diretor.
Mas Arianne nega que tenha feito sexo com a namorada. Ela mostra na ata da reunião da escola a prova do que, para ela, foi o verdadeiro motivo de sua expulsão: a frase "postura homossexual reincidente".
“Se ela expressa um preconceito, não vou dizer que sim ou que não. Isso vai da mentalidade de cada um, mas a verdade é que houve o fato, houve o ato”, diz o diretor.
Fantástico: A escola aceita alunos homossexuais?
Diretor do colégio: O colégio aceita, muito embora explique as regras do contato físico.
“Discriminação é uma coisa ruim e pode acabar muito com uma pessoa”, ressalta a jovem.
Arianne perdeu contato com a maioria dos ex-colegas de escola e nunca mais viu a ex-namorada. Ela revela que está com dificuldades em se adaptar à vida nos Estados Unidos, mas, para o Brasil, não deve voltar tão cedo: “Eu não gosto de morar aqui, mas é bom um lugar diferente eu não preciso ficar lembrando as coisas do passado”.
Fonte:
Fantástico
URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/38287/visualizar/
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