Funcionários do Pronto-Socorro de Cuiabá começaram a prestar esclarecimentos sobre a morte de um homem de 57 anos na frente da unidade de saúde, ocorrida na semana passada. De acordo com a direção do hospital, não houve omissão por parte do Pronto-Socorro, mas todos os servidores que estavam de plantão no dia do ocorrido serão ouvidos por uma comissão de sindicância, instaurada um dia depois da morte.
A comissão já ouviu enfermeiros, médicos, porteiros, maqueiros, entre outros. No entanto, a direção da unidade informou que qualquer providência seja tomada é preciso aguardar a emissão do laudo de necrópsia do Instituto Médico Legal (IML).
O diretor do Pronto-Socorro, Antônio Ignácio Medeiros, disse, por meio da assessoria de imprensa, que o hospital não tem a função de trazer pacientes e que o transporte de pacientes deve ser feito pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). No entanto, pondera ter sido apurado que as testemunhas não chamaram o Samu, que, desse modo, também não pode ser responsabilizado. A intenção é fazer um levantamento geral para averiguar o caso, segundo a direção.
Na ocasião, policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso, informaram que testemunhas, incluindo o porteiro de um prédio próximo ao Pronto-Socorro, relataram que buscaram ajuda no hospital, mas os funcionários disseram que não podiam buscar o paciente por falta de maca.
Por sua vez, a direção da unidade alega que os enfermeiros foram até o local onde o paciente estava, porém, já o encontraram morto. A vítima morreu na calçada da Avenida General Valle, a poucos metros do hospital, quando tentava ir sozinho e a pé para o Pronto-Socorro. Ela sofreu uma hemorragia e não resistiu.
O argumento do hospital é de que durante o período em que esteve internado na unidade, o paciente recebeu tratamento adequado. Teve alta, mas ainda deveria continuar fazendo tratamento. O paciente recebeu alta na terça-feira (29) e morreu no dia seguinte.
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