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Cidades
Segunda - 04 de Junho de 2012 às 15:11

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A funkeira Yani de Simone, conhecida como Mulher Filé, recuperou, na noite de domingo (3), os mais de R$ 11 mil que foram apreendidos com o namorado preso sob suspeita de atirar várias vezes num posto de gasolina em Vicente de Carvalho, no subúrbio do Rio. Ao G1, ela contou, nesta segunda-feira (4), que apresentou à polícia os contratos do show e os comprovantes de pagamento.

“Ontem [domingo] mesmo à noite fui à delegacia com o meu empresário e consegui recuperar esse dinheiro, que eu ganhei de um show que fiz. Fui com o contrato na minha e apresentei todos os comprovantes”, disse.

No momento da prisão, o namorado da Mulher Filé, o cabo da Polícia Militar Márcio Roberto Cunha Soares, estava com o dinheiro escondido na cueca. Quatro carros estavam parados no momento dos disparos.

"Eu já estava na minha casa. A gente se encontrou, ele estava com fome, eu não estava me sentindo bem, tinha trabalhado muito, então eu fui para casa e ele foi no posto para comer e eu deixei o dinheiro com ele. Eu acordei com a minha mãe danda notícia que ele estava na delegacia. Eu fui para a delegacia, mas eu não consegui falar com ele, não me deixaram falar com ele", contou a funkeira.

A polícia acredita que o PM possa ter se incomodado com o som de um dos veículos.  Aos agentes, o cabo já havia confirmado que o dinheiro era de um cachê da sua namorada.

Os donos dos veículos disseram que não estavam no carro quando ocorreram os tiros. Policiais do Batalhão de Choque (BPChq), que patrulhavam a área, ouviram o barulho e seguiram para o posto, onde prenderam o policial. Segundo relatos, os homens do BPChq tiveram que atirar para o alto para que o PM soltasse a arma, uma pistola de uso restrito e sem registo.

De acordo com a polícia, Márcio não tem porte de arma. Ele vai responder por desobediência, disparo de arma de fogo, dano qualificado e porte ilegal de arma.

Investigações
Os carros que estavam parados no posto já foram periciados e a polícia vai pedir as imagens das câmeras de segurança do estabelecimento. Além disso, os agentes também investigam a denúncia de que o cabo seria chefe de uma milícia que atua na região.

O policial foi levado para o Batalhão Prisional. Segundo a polícia, o cabo se envolveu em outras duas ocorrências. Uma em 2006, por lesão corporal e concussão, quando a pessoa exige alguma vantagem em razão da função que exerce, e a outra no ano passado, por prevaricação, quando o funcionário público deixa de cumprir sua obrigação para satisfazer um interesse pessoal.





Fonte: Do G1 RJ

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