Para 84% dos executivos brasileiros entrevistados pela Ernst & Young, multinacional de auditoria e consultoria, a corrupção no país é generalizada no ambiente de negócios. De acordo com o estudo Global Fraud Survey 2012, o índice é superior à média global (39%) e ao verificado na América Latina (68%). Para 20% dos executivos ouvidos, suborno e corrupção crescem por causa da crise econômica.
Segundo a pesquisa, 90% dos entrevistados no Brasil disseram que deveria haver mais supervisão por reguladores e 96% afirmaram que a gerência sênior das organizações deveria receber sanções penais se ficasse comprovado que não foi feito o suficiente para prevenir fraudes, propinas ou corrupção.
“Apesar de este ainda ser um tema de muita preocupação entre os empresários brasileiros, houve algum progresso na última década por meio de reformas do setor público”, afirma José Francisco Compagno, sócio da área de investigação de fraudes da Ernst & Young Terco, por meio de nota.
Segundo os entrevistados, no Brasil, as ferramentas de compliance mais utilizadas para monitorar os processos em uso pelas empresas são: auditorias internas frequentes (94%), auditorias por agentes externos frequentes (92%), canais de denúncia (72%), monitoramento especializado de softwares e de sistemas de tecnologia da informação (72%), revisões regulares por escritórios de advocacia ou consultores externos especializados (58%).
O estudo da Ernst & Young afirma que, entre os 50 executivos entrevistados no Brasil, 12% disseram estar dispostos a fazer pagamento de propinas para conseguir ou manter um negócio, caso isso seja necessário para ajudar a sobrevivência da empresa em um ambiente de crise econômica. Em relação a outras regiões, o percentual é inferior. Globalmente o índice é de 15% e na América Latina, de 14%. Na América do Norte, o percentual é de 3%.
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