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Política
Segunda - 04 de Junho de 2012 às 20:35

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O desembargador José Jurandir de Lima determinou o desmembramento da ação proposta pelo Ministério Público Estadual contra Kazuyoschi Uemura e 20 réus investigados na Operação Gafanhoto, entre eles o deputado estadual Walter Machado Rabelo Júnior (PSD). Por força da prerrogativa de função, o deputado tem foro privilegiado, no caso o Tribunal de Justiça de Mato Grosso e, inicialmente, só pode ser julgado em segunda instância. O objetivo é evitar o atraso na prestação jurisdicional.

Rabelo é acusado pelo Ministério Público Estadual de cometer crime de tráfico de influência e de pertencer ao grupo criminoso chefiado pelo empresário Julio Uemura preso na Operação Gafanhoto. Uemura é acusado de aplicar golpes de estelionato em vários estados a partir de criação de empresas fantasmas ou uso de laranjas para comprar produtos de hortifrutigranjeiros.

Conforme as investigações do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Walter Rabello que teve Uemura como um dos financiadores de campanha para prefeito de Cuiabá em 2008 é acusado de tráfico de influência política para facilitar o transporte das mercadorias e resolver qualquer empecilho que surgisse. Investigações apontaram que a empresa de Uemura monopolizava o ramo em Mato Grosso. Os golpes variavam entre R$ 100 mil a R$ 200 mil e só eram descobertos a partir do momento em que os cheques emitidos pelas empresas fantasmas voltavam, por estarem sem fundos.

Com o desmembramento serão extraídos do processo cópia da denúncia e de todos os documentos que envolvam o deputado, formando processo autônomo para o seu regular processamento no TJMT. O restante será encaminhado ao Juízo de origem, informa o tribunal. Até o momento, a ação penal contém 67 volumes, além de 13.896 mil páginas, segundo o desembargador José Jurandir de Lima, que é o relator do processo.

 






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