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Política
Terça - 05 de Junho de 2012 às 04:22

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O senador Pedro Taques protocolou, hoje, uma representação pedindo que o Ministério Público Federal (MPF) ouça o ex-diretor geral do DNIT Luiz Antônio Pagot, acerca das declarações de que possui "informações relevantes" sobre o "Caso Cachoeira". Em plenário, o parlamentar fez o anúncio, lembrando que, na CPI do Cachoeira, há requerimentos para a convocação de Pagot. "Não é crível ou razoável que um cidadão há mais de um mês venha dizer que possui fatos graves a revelar em favor da nação e ninguém queira ouvir este cidadão. Todos nós estamos desejosos de ouvi-lo", disse Taques, através da assessoria.

No documento, as investigações realizadas pela Polícia Federal e os trabalhos da CPMI no Congresso, revelaram que havia uma profunda conexão entre as obras tocadas pelo DNOT, a Construtora Delta e o grupo de Carlinhos Cachoeira. Ele pontua que somente do Dnit - autarquia ligada ao Ministério dos Transportes -, consta que foram efetuados pagamentos da ordem de 2,75 bilhões à Delta, no período de 2009 e 2011.

Demitido ano passado devido a denúncias de irregularidades em obras (que também causaram a saída do então ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, Luiz Antonio Pagot tem manifestado seu interesse em depor à CPMI e às autoridades competentes, afirmando que possui informações relevantes. "Todavia, até o momento não foi ouvido", enfatiza o senador Pedro Taques. Segundo entrevista que concedeu à Revista Época, em abril deste ano, e publicada há poucos dias, Pagot afirmou que Cachoeira atuava associado ao Diretor da Delta - Cláudio Abreu - na prospecção de negócios em todo o território nacional, atuando, inclusive, dentro do Dnit. Em outra passagem, ele afirmou que algumas de suas exigências desagradaram à Delta.

Na representação, Pedro Taques também citou a entrevista concedida à revista IstoÉ, na qual Luiz Antônio Pagot denuncia a formação de caixa dois em favor do PT e do PSDB. "Diante do exposto, considerando que os fatos acima narrados caracterizam, em tese, a prática de inúmeros crimes contra o patrimônio público da União, além de outros delitos, requer-se ao Ministério Público Federal no Distrito Federal que sejam tomadas todas as providências cabíveis, de índole investigatória e judicial, no sentido de que todos os envolvidos sejam punidos, na medida da sua culpabilidade, começando pela oitiva do Sr. Luiz Antonio Pagot", finaliza Pedro Taques.





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