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Polícia
Terça - 05 de Junho de 2012 às 12:46

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O diretor executivo da Yoki Alimentos, Marcos Kitano Matsunaga, será enterrado às 15h desta terça-feira (5) no Cemitério São Paulo, na Zona Oeste da capital paulista. Partes do corpo do empresário, neto do fundador da empresa, foram encontradas em região de mata de Cotia, na Grande São Paulo, no dia 27 de maio. Ele estava desaparecido desde o dia 20 do mês passado, quando foi visto pela última vez. Não haverá velório, segundo informaram ao G1 funcionários do cemitério.

A Polícia Civil, que trata o caso como homicídio, prendeu a mulher da vítima, Elise Matsunaga, na noite de segunda-feira (4) como a principal suspeita de participar da morte do marido. Para a investigação do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) há indicídios de que ela teria agido sozinha. A motivação para o crime ainda não foi divulgada. A esposa nega a acusação, segundo o delegado Jorge Carrasco, diretor do DHPP. O G1 não conseguiu localizar o advogado de Elise para comentar o assunto.

Elise teve a prisão temporária por cinco dias decretada pela Justiça. Ela passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML) na madrugada desta terça.

O diretor do DHPP afirmou na segunda que a polícia investiga a possibilidade de o executivo da Yoki, uma das maiores empresas do ramo alimentício do país, ter sido atingido por um tiro antes de ter sido morto e esquartejado.

A polícia fez diligências na noite desta segunda-feira no apartamento do casal, na Zona Oeste da capital, onde utilizou um reagente químico, para localizar manchas de sangue.

No local, a polícia encontrou sacos da mesma cor dos que foram utilizados para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo. Segundo Jorge Carrasco, a vítima era colecionador de armas e algumas delas teriam sido entregues nesta segunda-feira à Guarda Civil Metropolitana para serem destruídas. Entre estas armas, estaria uma pistola 765, mesmo calibre da arma com a qual o executivo pode ter sido atingido antes de ser esquartejado, segundo o delegado. "Ela nega, mas há fortes indícios (contra ela)", disse o delegado.

De acordo com o delegado, a família do executivo havia, inicialmente, registrado um boletim de ocorrência por desaparecimento no DHPP. O empresário foi considerado desaparecido no dia 20 de maio. Depois de as partes do corpo da vítima terem sido encontradas, a família fez o reconhecimento e o inquérito passou a ser de homicídio, segundo Carrasco.

Os policiais têm imagens de câmeras de segurança que mostram o executivo entrando em um prédio na capital paulista, mas não registram a saída dele - não foi divulgado qual é esse edifício para não atrapalhar as investigações. Imagens também registram a mulher da vítima deixando o prédio dias depois, carregando malas. A polícia já confirmou que o corpo ficou armazenado em um refrigerador antes de ter as partes espalhadas na mata.

Segundo o delegado, ainda não é possível apontar quem são os executores do crime. Ao ser questionado sobre a possibilidade de envolvimento de policiais militares, ele negou. “Nem sei se ele tinha segurança e não sei se estes seguranças dele eram policiais militares. O que posso dizer é que estamos investigando todas as possibilidades. Uma delas é a de crime passional", afirmou.

Luiz Flávio D"Urso, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo, disse ao G1 que foi contratado pelo irmão e pelo pai do empresário morto e esquartejado para acompanhar o inquérito junto à Polícia Civil. "A partir do reconhecimento (da vítima), o pai e o irmão entraram em contato comigo para que acompanhasse todas as investigações. Eles estão abalados a tal ponto, justamente pela forma como se deu o crime, com o esquartejamento, por essa brutalidade fora do comum, que não sabem o que pensar. Eles querem apenas que a polícia trabalhe e que investigue todas as possibilidade", disse D"Urso. O advogado da família disse que as partes do corpo do executivo foram encontrados em uma mata na região de Cotia, na Grande São Paulo.

A assessoria de imprensa da Polícia Militar, que também responde pela Corregedoria da corporação, informou em nota que "o caso citado é investigado pelo DHPP e encontra-se com sigilo para divulgação de informações, com fulcro em não prejudicar o andamento da apuração."

Yoki
No dia 24 de maio, a companhia norte-americana de alimentos General Mills confirmou a compra da Yoki, com o objetivo de expandir os negócios no Brasil. No entanto, os termos do acordo, que deve ser fechado no primeiro semestre do próximo ano fiscal, que começa em 28 de maio, não foram revelados. O valor do negócio pode chegar a R$ 2,2 bilhões.





Fonte: Do G1 SP

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