Mãe é indiciada por morte de bebê, delegada aguarda DNA
Apesar das investigações conduzidas pela delegada Silvia Pauluzzi apontarem que a vendedora Daniele Santana de Almeida, 19, foi responsável pela morte da filha recém-nascida ao jogar a criança no lixo do banheiro do Hospital São Lucas, em Várzea Grande, Pauluzzi ainda aguarda os resultados do exame de DNA e também da perícia em uma lâmina de barbear encontrada no local. O inquérito já foi concluído com o indiciamento da jovem por homicídio doloso, ou seja, quando há intenção de matar, mas como ela ficou calada durante o interrogatório é preciso reunir provas concretas de que Daniele era a mãe da bebê para só depois enviar o inquérito para o Ministério Público.
Conforme a delegada, o exame de DNA foi solicitado ainda no início das investigações, bem como a perícia na lâmina de barber que foi localizada no cesto do lixo onde estava o corpo da criança. Laudo da Perícia de Identificação Técnica (Politec) que vai apontar se a forma do corte do cordão umbilical condiz com as marcas deixadas pela lâmina. “Esses exames são um pouco demorados, porque depende do trabalho realizado pelo laboratório forense”, explica Pauluzzi acrescentando que as investigações mostram que foi a vendedora que jogou o corpo da criança no lixo dia 9 de abril.
À época do fato, um laudo preliminar, expedido por um psiquiatra do Instituto de Medicina Legal (IML) de Cuiabá, descartou que Daniele estava sob efeito de trauma puerperal (pós parto), depois de submete-la a exames. A necrópsia do corpo da bebe também constatou, de que ela nasceu viva e respirou antes de morrer de insuficiencia cardiorespiratória. A menina pesava 2.650 gramas, media 50 centímetros e teria 7 meses de gestação.
Segundo a delegada Silvia Pauluzzi, a partir do momento que Daniele estava dentro do hospital deveria ter acionado atendimento médico. Como não atodou tal procedimento, explica a delegada, ela assumiu o risco de matar quando jogou a bebê no lixo. Presa em flagrante e levada para o presídio feminino Ana Maria do Couto May, a vendedora foi liberada na noite do 11 de abril.
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