A polícia de São Paulo vai ouvir pela primeira vez, nesta quarta-feira (6), Elise Matsunaga, mulher do empresário Marcos Kitano Matsunaga, que foi assassinado e esquartejado. Os investigadores suspeitam que ela agiu por ciúme e recebeu ajuda para se desfazer do corpo do marido. Em conversas com policiais, porém, ela negou o crime.
Elise está com prisão temporária decretada, e foi transferida para a cadeia de Itapevi, na Grande São Paulo.
Para a polícia, o executivo da indústria de alimentos Yoki foi morto por ciúme. “Há indícios de traição baseados em fatos reais”, diz o delegado Mauro Dias Gomes.
A polícia divide o crime em duas fases. No apartamento, uma pessoa mata Marcos com um tiro na nuca. Elise, é a principal suspeita. Um homem, que ainda está em liberdade, participa da segunda ação. De acordo com a investigação, ele ajuda a esconder o corpo do empresário.
Marcos foi visto pela última vez dia 19 de maio, quando entrou no prédio com a mulher e a filha. As imagens das câmeras do edifício não foram divulgadas, mas, segundo a polícia, mostram Elise saindo do elevador, levando três malas com rodinhas. E mostra também a volta dela, 12 horas depois, sem as malas.
O corpo foi serrado e encontrado em partes, dentro de sacos plásticos, numa estrada de terra de Cotia, a 40 km da capital paulista.
“Sacos plásticos iguais foram encontrados no apartamento”, afirma o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Jorge Carrasco.
Outro detalhe chamou a atenção: Elise cursou enfermagem e, junto com o marido, também fez curso de tiro. No mesmo dia em que foi presa ela tinha entregado três armas para a Guarda Municipal, para que fossem destruídas. Uma delas usa balas do mesmo calibre que matou o empresário.
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