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Domingo - 10 de Junho de 2012 às 08:09

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A viúva de Ivan Lessa, de 77 anos, que morreu nesta sexta-feira (8) em casa, em Londres, lembrou as qualidades do ex-marido, a quem considerava "assustadoramente inteligente". Elizabeth Fiuza disse que Lessa era um "companheiro extraordinário" e muito sensível.

“Era uma pessoa com muita sensibilidade, que as pessoas talvez não percebessem isso”, contou a viúva. “Era extremamente inteligente, às vezes assustadoramente inteligente, porque quando a gente ia, ele já tinha ido, voltado e ido outra vez.”

Elizabeth diz ter percebido uma alteração de comportamento nos últimos tempos. "Ele foi desistindo das coisas, sempre prestava muito atenção à televisão, ao livros... Acho que ele começou a ficar desinteressado, dizendo que estava cansado, que a vida não adiantava mais."

Sobre a última coluna, publicada nesta sexta no site da BBC Brasil, ela acha que já foi um último esforço de Ivan. "Eu sei que este último artigo foi difícil escrever. Ele comentou comigo que levou muito tempo corrigindo erros e procurando aperfeiçoar, então já foi um esforço como quem dizia "essa é última vez"." No texto, Lessa lista frases ironizando a morte (clique para ler essa e outras crônicas de Lessa para a BBC Brasil).

"Todo mundo sabe que o Ivan tinha um gênio muito difícil, mas eu acho ele um companheiro extraordinário que me fez ver a vida de uma maneira muito diferente, que me abriu horizontes que eu nunca abriria sozinha. Então, eu só posso dizer que acho que ele foi um companheiro maravilhoso e uma pessoa com o coração muito bom, que gostava muito dos amigos dele, embora ele brigasse muito com os amigos também porque ele era muito exigente."

Para Elizabeth, a morte não foi uma surpresa. Nos últimos tempos, Lessa tinha dificuldades para sair e havia montado uma estrutura em casa para não precisar ser hospitalizado, o que não queria. "Ele estava desistindo das coisas", contou a viúva.

Ela conta que Lessa se queixava de falta de ar e dizia que não queria viver, mas continuava trabalhando. Ele enviava três crônicas semanais para a BBC Brasil.





Fonte: Do G1

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