A pedido da Justiça alagoana, Toninho Lins (PSB), prefeito da cidade de Rio Largo, na zona da mata, foi afastado do cargo por 131 dias. Antes da decisão, o prefeito despachava da prisão após denuncia de participação em um esquema de corrupção.
Investigações do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) e do Ministério Público Estadual apontam que o prefeito e todos os vereadores da cidade participaram de um esquema fraudulento de desapropriação de um terreno de 252 hectares, pertencente à usina Utinga Leão.
Com a justificativa de construir casas para os desabrigados das cheias de junho de 2010, o terreno, avaliado pelo MPE em R$ 21 milhões, foi desapropriado por R$ 700 mil. Posteriormente, com aval dos vereadores, o terreno foi vendido a uma empresa comercial que dividiu o terreno em 9 mil lotes de, no mínimo, R$ 20 mil cada um. Um escritório de contabilidade ainda é investigado no esquema.
A decisão foi do juiz Ayrton Tenório, da 2ª Vara do município. O político já havia sido afastado do PSB alagoano após as denuncias. Sete suplentes assumem, às 15 h, os cargos de vereadores. No lugar do prefeito, assume a vice, Maria de Fátima Correia.
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