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Segunda - 11 de Junho de 2012 às 15:57

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Denise Soares/ G1
Zoológico possui animais de 80 espécies dos ecossistemas do Pantanal, da Amazônia e do Cerrado
Zoológico possui animais de 80 espécies dos ecossistemas do Pantanal, da Amazônia e do Cerrado
Os animais silvestres que são resgatados ou apreendidos na região da Baixada Cuiabana precisam de lugares adequados para serem tratados e para ficar por um tempo provisório. Na maioria das vezes os animais – répteis, aves e mamíferos, por exemplo- são resgatados pelo Corpo de Bombeiros e devolvidos à natureza.

Um dos locais que deveria abrigar os animais resgatados é o zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Com 35 anos de fundação, o zoológico possui animais de 80 espécies dos ecossistemas do Pantanal, da Amazônia e do Cerrado. O último levantamento da administração contabilizou que quase mil animais vivem no local.

No entanto, há três anos a unidade foi embargada e notificada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por falta de licenciamento da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). Outro motivo é que o zoológico possui problemas de infraestrutura e com isso não tinha locais adequados para manter os bichos.

Desde então, o zoológico ficou proibido de receber qualquer tipo de animal. O Ibama estabeleceu um prazo para que a direção do zoológico pudesse fazer adequações e arrumar os recintos dos animais. Porém, o prazo já acabou e as mudanças não foram feitas.

“Em maio de 2009 nós recebemos a notificação do Ibama de que havia irregularidades, entre elas a falta do licenciamento ambiental, a superlotação dos recintos e a falta do controle do livro de entrada e saída de animais. Nós tomamos as providências e a questão do livro foi resolvida”, explicou Edna Hardoim, diretora do Instituto de Biociências da universidade, onde o zoológico é vinculado.

Há três anos a unidade foi embargada e notificada pelo Ibama por falta de licenciamento  (Foto: Denise Soares/ G1)
Há três anos a unidade foi embargada e notificada pelo Ibama por falta de licenciamento (Foto: Denise Soares/ G1)

Mesmo diante desses problemas, algumas pessoas ainda entregam animais na porta da unidade. Isso ainda traz mais trabalho para os funcionários do zoológico que têm que encaminhar os bichos para a sede do Ibama de Cuiabá.

O zoológico da UFMT continua embargado até que o julgamento do processo administrativo, ainda sem data prevista para ocorrer. “Começamos o processo de licenciamento ambiental. No ano passado a Sema nos entregou um parecer técnico com as necessidades de adequações para que fosse providenciado o licenciamento. Algumas adequações ainda estão sendo feitas”, completou a diretora do instituto.

Ainda de acordo com a UFMT, algumas parcerias com o governo do estado já foram tentadas, sem sucesso. Um convênio com a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) ainda está sendo estudado para melhorar investimentos no zoológico, que deve ser um dos atrativos turísticos da capital durante os jogos da Copa de 2014.

A Secopa informou que está investindo R$ 15 milhões na revitalização da parte esportiva e na construção de um Centro Oficial de Treinamento (COT) no campus da Universidade Federal de Mato Grosso em Cuiabá.

Já no Ibama da capital, apenas animais menores, como papagaios, periquitos e outras aves de pequeno porte estão sendo levados para o local. Eles são tratados por biólogos do instituto em um espaço pequeno, nos fundos da sede. “O Ibama não faz o resgate, pois não temos profissionais para isso. Recebemos os animais, fazemos uma avaliação se eles têm ou não condições de voltar à natureza”, pontou o analista ambiental do instituto, Eloísio Miranda.

Caso os animais estejam machucados, veterinários de universidades de Cuiabá fazem as avaliações e cuidados necessários. “Se eles não podem continuar no habitat natural, enviamos os animais para criadouros autorizados em Mato Grosso”, completou o analista.

Segundo dados do Corpo de Bombeiros de Cuiabá, até o mês de maio foram feitas mais de 2 mil capturas de animais silvestres. O número corresponde a 60% a mais do que na mesma época do ano anterior.





Fonte: Do G1 MT

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