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Cidades
Segunda - 11 de Junho de 2012 às 20:34

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A Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (BA) informou nesta segunda-feira que a cidade tem alto risco de sofrer um surto de dengue. De acordo com o último levantamento, o Índice de Infestação Predial (IIP) da capital baiana subiu de 2,7%, em janeiro, para 4,2% em maio. Acima de 4%, de acordo com os padrões do Ministério da Saúde, o índice aponta que a cidade vive riscos alarmantes de surto da doença.

Para livrar a cidade do risco, a infestação teria que estar abaixo de 1%. Entre 1% e 3,9%, o índice representa situação de alerta. O segundo levantamento foi feito em 44 mil imóveis da cidade, entre 15 e 18 de maio.

Do início do ano até maio, a prefeitura fez uma série de mutirões contra a dengue em bairros como Sussuarana, Fazenda Coutos e Valéria. A iniciativa, porém, não surtiu o efeito esperado pelo órgão de saúde.

Para a coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue, Eliaci Cunha, a cidade tem pecado na prevenção. "A preocupação com a dengue deve ser constante, e o que a gente vem percebendo é que a população se descuida ao permitir a presença dos depósitos dentro dos próprios domicílios", alertou.

Segundo ela, a falta ou má conservação e higienização de tanques e tonéis - representando 38% dos locais preferenciais para depósito de larvas do mosquito - seguidos pelos vasos e pratos de plantas, com 28%, são os principais fatores a contribuir com o aumento da infestação.

De acordo com o levantamento mais recente, os distritos sanitários de São Caetano/Valéria, Subúrbio Ferroviário, Itapagipe, Pau da Lima e Cabula/Beirú são os mais afetados pela doença. Já os do Centro Histórico, Brotas e Itapuã se mantiveram entre baixo e médio risco para ocorrência de epidemia da doença, segundo o índice.

A dengue
A doença é transmitida pela picada do mosquito hospedeiro infectado, o Aedes aegypti. O vírus passa por um período de incubação de quatro a 10 dias. Os primeiros sinais são febre alta, dor nas articulações e músculos, fraqueza, falta de apetite, manchas avermelhadas pelo corpo, fortes dores de cabeça e dor no fundo dos olhos.

A chamada dengue clássica cura-se naturalmente, quando o organismo livra-se do vírus através de anticorpos. A forma hemorrágica, no entanto, requer mais cuidados. Quando o paciente apresenta o quadro hemorrágico existe sangramento da gengiva, das narinas e de órgãos internos, o que ocasiona dores abdominais.

Não existe um tratamento específico para a dengue, mas apenas para os sintomas. Ou seja, antitérmicos auxiliam a controlar a febre e os analgésicos amenizam as dores musculares e de cabeça, por exemplo. Quando há suspeita da doença, todos os medicamentos que sejam feitos à base de ácido acetil salicílico têm de ser evitados.
 





Fonte: Terra

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