As duas últimas noites de vida, Marcos Matsunaga passou ao lado de uma mulher. Na madrugada do dia 18, o casal parece descontraído na saída do restaurante. Depois, o carro deles entra num hotel.
Num outro restaurante, o casal é visto novamente aos beijos e abraços. Eles vão novamente para o hotel. A gravação mostra o carro de Marcos saindo do local, às 16h25 do dia 19. À noite, ele foi assassinado. As imagens foram feitas por um detetive particular contratado por Elize, a mulher de Marcos, que estava numa viagem com a filha ao Paraná.
A mulher que aparece nas imagens foi localizada pela polícia. Ela disse que é garota de programa e que era amante de Marcos desde o começo do ano, e que até ganhou um carro dele.
No depoimento à polícia, Elize disse que o marido ficou bastante irritado ao saber que foi espionado por um detetive pago com o dinheiro dele; que ele começou a xingá-la e que deu um tapa na cara dela. Elize contou ainda que o empresário disse que tinha dinheiro e que se ela levasse a filha deles para o Paraná, iria matá-la.
Foi aí que Elize pegou a pistola que ganhou do marido e atirou na cabeça dele. Doze horas depois, saiu do apartamento com as partes do corpo em três malas. A estratégia da defesa é tentar diminuir a pena de Elize.
“Acho que motivo fútil, esse motivo banal, de pouco valor, não se liga as ofensas, humilhações, a questão de valores que lhe foram colocadas e o segundo motivo seria a crueldade, por motivo de forma cruel. Não há crueldade no homicídio. O homicídio não foi praticado de forma cruel. Foi um tiro. A confissão, segundo está disposto no nosso Código Penal, ela é uma atenuante de pena”, explica o advogado de Elize, Luciano de Freitas Santoro.
Já para o delegado que comanda a investigação, Elize cometeu homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e de forma cruel, e com agravante da ocultação de cadáver do marido depois de esquartejar o corpo dele. A polícia ouviu nove pessoas e agora espera receber os relatórios da perícia para encerrar o inquérito.
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