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Polícia
Terça - 12 de Junho de 2012 às 12:58

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O meio-campista chileno Valdivia, do Palmeiras, prestou depoimento por cerca de duas horas e meia no 23º distrito policial, de Perdizes, na Zona Norte de São Paulo, na noite desta segunda-feira (11). O delegado titular do 23º DP, Marco Aurélio Batista, disse que o jogador sustentou a versão de que ele e a mulher dele, Daniela Aranguiz, foram vítimas de um sequestro-relâmpago na noite de quinta-feira (7). As imagens do circuito de segurança de uma loja de autopeças na qual é possível idenitifcar o sequestrador, inclsuive, já estão com a polícia, segundo o delegado.

O casal foi abordado por um homem armado quando passava de  carro pela Avenida Sumaré, na Zona Oeste de São Paulo. À polícia, Valdivia, que chegou do Chile e foi direto para a delegacia, relatou que, inicialmente, não foi reconhecido pelo assaltante. "Mas ele (criminoso) começou a fazer uma série de perguntas e o Valdivia tentou despistá-lo, dizendo que era estudante. O criminoso falou do carro importado e acabou reconhecendo o Valdivia. Daí ele passou a pedir R$ 20 mil", disse Batista.

O assaltante chegou a sacar mil reais em um caixa eletrônico. Antes de se dirigirem a uma loja de autopeças, passaram em uma lanchonete de fast food na Pompeia, segundo Batista. Depois, foi com os reféns a uma loja de autopeças e tentou comprar um amplificador de som, mas não conseguiu, por causa do limite do cartão de crédito. Sobre as imagens, Batista as considerou bem nítidas. "Vai facilitar a identificação, com certeza. Mas não vou divulgá-las agora para não atrapalhar as investigações."

Em uma entrevista a um canal de tevê chileno, a mulher dele, Daniela Aranguiz, contou que o criminoso tentou tocá-la. Batista disse que Valdivia manteve essa versão, o que se configuraria em mais um crime, o de tentativa de estupro.

Ao serem questionados pelo entrevistador sobre os comentários de que o sequestro tinha sido uma farsa, a mulher do jogador afirmou que câmeras dos prédios podem ter filmado por onde o carro deles passou durante o sequestro.Valdívia e a mulher foram libertados também na Zona Oeste e calculam que o sequestro-relâmpago tenha durado de duas a três horas.

Casos semelhantes
Vários sequestros envolvendo jogadores de futebol já foram manchete nos noticiários, principalmente entre 2004 e 2006. Na ocasião, nomes como Grafite, Rogério, Marinho, Michael, Kleber, Ricardo Oliveira, Robinho e Luis Fabiano tiveram familiares sequestrados no estado de São Paulo. Em todos os casos, as vítimas foram liberadas.

Em 1994, o ex-jogador e atualmente deputado federal Romário viveu um drama semelhante. O pai do craque, Edevair de Souza Faria, ficou 11 dias em cativeiro no Rio de Janeiro, mas acabou libertado pela polícia antes da disputa da Copa do Mundo, nos Estados Unidos.





Fonte: Do G1 SP

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