"As horas não passam, os dias não passam. Eles estão correndo risco. Muito risco. Eu não quero perder meus filhos. Quem é mãe sabe, a gente aprende a amar sem a gente ver", disse a paciente Angélica Urbano dos Santos.
A Justiça determinou a internação imediata da gestante em um hospital que tenha duas vagas na CTI neonatal para receber os bebês. A decisão foi no dia 6 de junho, mas até agora a resposta é de que não há vagas. De acordo com a equipe médica, o parto não pode mais ser adiado. Ela precisa ser transferida com urgência para outro hospital.
"O risco que nós temos não é com a mãe, mas com os bebês. O nascimento com prematuridade de 33, 32 semanas é um risco. Sem condições aqui no hospital, sem respirador, os bebês podem vir a óbito. Pode acontecer", lamenta o médico Orlando Alberto Caus.
A angustia de Angélica é dividida por toda a família. A mãe e a sobrinha fazem companhia no hospital. O pedido é um só: "Alguém que possa ajudar minha filha pra eu ver meus netos vivos, com saúde para ela poder criar eles", deseja a mãe de Angélica, Josefina de Jesus Matos.
Enquanto aguarda uma vaga para ser transferida, a paciente continuará internada no Hospital Santa Terezinha, sem saber quando os filhos irão nascer. "Eu queria ver meus filhos. E que os bebês tenham saúde", pede a futura mãe.
A Secretaria Estadual da Saúde informou que monitora o estado de saúde de Angélica diariamente e que está em busca dos leitos.
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