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Cidades
Quarta - 13 de Junho de 2012 às 18:10

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O ex-deputado federal Fernando Gabeira acompanhou parte da programação do primeiro dia da Rio+20. No Rio Centro, ele concedeu entrevista ao Terra sobre os rumos das negociações. Sobre a possibilidade de o evento abrigar debates que culminem em boas propostas, Gabeira foi enfático. "Conferências internacionais nunca são boas de debate. Sempre achei que se aproveita muito mais assistindo pela internet", ironizou.

Gabeira destacou que da Rio+20 não sairão acordos sobre o clima e a biodiversidade, ao contrário do que aconteceu ao final da Eco92. "O que se pretende agora é apenas alinhar as ações de desenvolvimento sustentável já praticadas", avaliou.

Ele se disse surpreso com o valor que o fundo que reunirá 77 países mais a China deve destinar a ações de desenvolvimento sustentável. "O que mais me impressionou foi esse fundo. Acho insignificante US$ 30 bilhões para atender às necessidades anuais nessa área", criticou. Para ele, um grupo de ações será apresentado, mas não há recursos para apoiá-lo.

Apesar da crítica, Gabeira garante que não é totalmente pessimista quanto à Rio+20. Ele citou como exemplo a discussão sobre a camada de ozônio na Eco92. "Essa conversa terminou em um protocolo assinado em Montreal com a garantia de que haveria recursos repassados por alguns países. Isso não aconteceu, mas a sociedade civil se organizou e ações efetivas foram postas em prática", lembrou.

O ex-deputado tem ressalvas em relação ao grande número de atividades espalhadas pelo Rio de Janeiro até o dia 22 de junho. "Com o trânsito da cidade é impossível chegar aos cinco lugares onde são realizadas as atividades da Rio+20", ponderou.
 
Rio+20

Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.

Composta por três momentos, a Rio+20 vai até o dia 15 com foco principal na discussão entre representantes governamentais sobre os documentos que posteriormente serão convencionados na Conferência. A partir do dia 16 e até 19 de junho, serão programados eventos com a sociedade civil. Já de 20 a 22 ocorrerá o Segmento de Alto Nível, para o qual é esperada a presença de diversos chefes de Estado e de governo dos países-membros das Nações Unidas.

Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não estarão presentes, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro.
 





Fonte: Terra

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