Magaiver foi preso em uma boca-de-fumo no Centro; ainda faltam 19 bandidos
Polícia prende mais um assaltante que o Tribunal libertou
Policiais militares prenderam, no começo da noite de quarta-feira (13), mais um foragido da Operação 7º Mandamento, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual.
Trata-se de Paulo Magaiver Ferreira dos Santos, de 28 anos, que integrava uma quadrilha especializada em roubo na modalidade “saidinha de banco”. A prisão dele ocorreu no centro da Capital, numa boca-de-fumo localizada na Rua Coronel Benedito Leite.
O último foragido da operação foi capturado no dia 31 de março, quando PMs do 3º Batalhão prenderam Joel Alves da Silva, que estava internado no Pronto-Socorro de Cuiabá, usando nome falso. No dia anterior, ele fora baleado nas costas, durante uma discussão com um rapaz, no bairro Novo Paraíso II, em Cuiabá.
Ele se apresentou como sendo Laércio Pedroso da Silva, de 23 anos. Os policiais do Serviço de Inteligência, que já estavam em seu encalç,o se deslocaram até o PSC e descobriram que se tratava mesmo de Joel, que é denunciado na Operação 7º Mandamento por formação de quadrilha. Segundo o Gaeco, a função dele é de pegador e também executor.
Após ele ser liberado do PSC, os policiais tiveram um problema para resolver. Não conseguiram entregá-lo na Polinter e Delegacia de Capturas, que funciona no centro da Capital. O policial plantonista disse que não poderia receber o preso.
“No Plantão Metropolitano de Cuiabá e Central de Flagrantes em Várzea Grande, não aceitaram também. A informação deles é que devemos procurar a Delegacia de Capturas, mas não conseguimos entregá-lo”, informou um policial. O oficial do dia da PM também entrou em contato não obteve sucesso.
Com a prisão de Paulo Magaiver, a lista de foragidos diminui para 19 integrantes da quadrilha, conhecida por cometer assaltos na modalidade “saidinha de banco”. Após três meses de investigação do Gaeco, dentro da Operação 7º Mandamento, o bando teve grande parte de seus integrantes presa em 14 de dezembro de 2011.
Dias antes da prisão de Joel, policiais da Delegacia de Roubos e Furtos da Capital prenderam Oilquerson de Arruda Neves, que estava numa casa do bairro Santa Rosa II. Ao ser detido, ele se passou por um irmão, apresentando um documento falso.
Para confirmar que se tratava do assaltante, o delegado Carlos Américo Marchi o levou até o Instituto de Identificação, que confirmou se tratar mesmo de Oilquerson.
A quadrilha, além das “saidinhas”, também explodia caixas eletrônicos e assaltava casas e estabelecimentos comerciais na região da Grande Cuiabá.
Liberdade e coincidência
Coincidentemente, após os bandidos terem a liberdade decretada pelo desembargador Pedro Sakamoto, explosões de caixas eletrônicos e assaltos a bancos e residências voltaram a se tornar rotina na Capital.
Alguns dos membros que voltaram à prisão, inclusive, foram recapturados pela Polícia, após participarem novamente de ações criminosas na cidade.
Dos 23 membros da quadrilha que estão presos, apenas cinco foram recapturados pela Polícia Militar, após a emissão de novos mandados de prisão preventiva, feita no dia 6 de janeiro.
Os demais continuaram presos na Penitenciária Central do Estado (PCE), no Presídio da Mata Grande (Rondonópolis) e no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC – antigo Carumbé).
Mesmo após terem sido beneficiados com o habeas corpus expedido pelo desembargador Pedro Sakamoto, eles já possuíam mandados de prisão preventiva por outros crimes cometidos, como latrocínio e explosão de terminais eletrônicos.
Comentários