O fundo mundial foi apresentado como solução para o tema “meios de implementação” do documento final da cúpula do Rio de Janeiro, que será assinado por chefes de governo no seu encerramento, previsto para 22 de junho.
Segundo Corrêa do Lago, ninguém está gostando da proposta, que foi rejeitada por Estados Unidos e países do bloco da União Europeia.
“Quando se fala da questão de dinheiro, de recursos novos e financeiros, é um problema. Nesse caso, particularmente, por conta da crise”, disse Corrêa do Lago.
De acordo com o embaixador, é difícil para o grupo de nações ricas se comprometer “com o mundo em desenvolvimento” neste momento.
Risco de abandono
Outro problema nas negociações comentado pelo embaixador brasileiro refere-se ao recuo dos países desenvolvidos para dar continuidade a compromissos já assumidos em outros acordos referentes ao desenvolvimento sustentável (sejam eles econômicos, sociais ou ambientais) e que influenciam diretamente na negociação final da Rio+20.
Sem citar quais governos ou quais propostas têm sido negligenciadas, Corrêa do Lago afirmou que as nações emergentes, incluindo o Brasil e o G77+China, pressionam para que nenhuma ação já definida seja abandonada.
“É normal que os países em desenvolvimento estejam procurando mostrar que os países desenvolvidos tem, pelo menos, que cumprir com aquilo que eles já tinham assumido o compromisso”, disse.
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