Manifestantes usam picaretas para abrir valas na
ensecadeira (Foto: Glaydson Castro / TV Liberal)
Os índios usaram picaretas para abrir valas na ensecadeira, fazendo o rio fluir através da obra, que ainda está incompleta. Eles também plantaram mudas de açaizeiro no local e fixaram cruzes e equipamentos agrícolas, como enxadas e pás, para simbolizar o descontentamento das comunidades indígenas e ribeirinhas da região com a construção da usina.
Os manifestantes permanecem no local. O Consórcio Construtor de Belo Monte informou que não vai se pronunciar sobre a ocupação da ensecadeira, mas disse que o protesto não afetou a continuidade da obra, já que os canteiros de Belo Monte ficam a cerca de um quilômetro do local onde estão os manifestantes.
Entenda o caso
A Usina Hidrelétroca de Belo Monte está sendo construída no rio Xingu, em Altamira, no sudoeste do Pará, com um custo previsto de R$ 19 bilhões. O projeto tem grande oposição de ambientalistas, que consideram que os impactos para o meio ambiente e para as comunidades tradicionais da região, como indígenas e ribeirinhos, serão irreversíveis.
A obra também enfrenta críticas do Ministério Público Federal do Pará, que alega que as compensações ofertadas para os afetados pela obra não estão sendo feitas de forma devida, o que pode gerar um problema social na região do Xingu.
Índios plantam mudas de açaizeiro na ensecadeira de Belo Monte (Foto: Glaydson Castro / TV Liberal)
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