O habeas corpus foi protocolado no TJDFT e será analisado pelo desembargador que atende neste sábado pelo plantão do tribunal, Sérgio Bittencourt. Segundo assessoria de imprensa do tribunal, a decisão sobre a soltura de Cachoeira poderá sair no início da noite.
Nesta sexta-feira (15), o desembargador Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, concedeu habeas corpus para a soltura do bicheiro, que foi preso durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, apontado como chefe de uma quadrilha que explorava o jogo ilegal em Goiás.
Cachoeira, porém, não foi solto imediatamente porque, também nesta sexta-feira, a juíza Ana Cláudia Barreto, da 5ª Vara da Justiça do Distrito Federal, indeferiu pedido da defesa de revogação da prisão de Cachoeira referente à Operação Saint-Michel.
A Operação Saint-Michel, da Polícia Civil do DF e do Ministério Público do DF, foi um desdobramento da Monte Carlo. Investigou as relações do grupo de Cachoeira com empresas e agentes públicos no Distrito Federal e levou à prisão de Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta, construtora suspeita de repassar recursos para empresas fantasmas que abasteciam o esquema de Cachoeira, segundo a investigação da PF.
O novo pedido de soltura é uma tentativa dos advogados de revogar o mandado de prisão expedido pelo TJ-DF referente à Operação Saint-Michel.
Cachoeira foi preso pela PF no dia 29 de fevereiro deste ano, em Goiânia. No mesmo dia foi transferido para Brasília. Depois, foi levado para o presídio federal de Mossoró (RN). Após pedido da defesa, voltou para Brasília, onde está detido desde 18 de abril no presídio da Papuda.
O bicheiro é alvo de uma CPI no Congresso Nacional que investiga as relações dele com políticos e empresários. Convocado para depor em sessão da CPI, Cachoeira usou o direito constitucional de ficar em silêncio e não respondeu às perguntas dos parlamentares.
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