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Política
Segunda - 18 de Junho de 2012 às 13:28

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A Superintendência da Polícia Rodoviária Federal e o Dertan-MT deverão fazer uma ampla campanha de divulgação e conscientização do exercício da profissão de motorista. É o que defende o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado Mauro Savi (PR), diante da Lei número 12.619 de abril deste ano, que regulamenta a profissão.
 
A nova legislação regula e disciplina a jornada de trabalho do motorista. O parlamentar argumenta que a campanha servirá para reduzir os acidentes nas estradas de Mato Grosso, já que o objetivo é conscientizar o profissional, além de alertar os órgãos fiscalizadores sobre a jornada máxima de trabalho, que não pode ultrapassar oito horas diárias, totalizando 44 semanais, com o máximo de duas horas extras diárias e o intervalo mínimo de uma hora para refeições.
 
A campanha deve mostrar para os motoristas a necessidade de 11 horas de intervalo para repouso a cada 24 horas. Os descansos previstos na nova lei podem evitar uma série de transtornos para os profissionais e evitar riscos às pessoas que circulam nas mesmas rodovias.
 
O deputado fez o encaminhamento da indicação, apresentada em plenário, para o superintendente regional da Polícia Rodoviária Federal, Weller Sanny Rodrigues da Silva, e para o presidente do Detran em Mato Grosso, Teodoro Moreira Lopes.
 
Dados apresentados pelo parlamentar, na sua indicação, apontam que 30% dos caminhoneiros brasileiros usam drogas ilegais, como anfetaminas e a cocaína, que deixam as pessoas acordadas e, consequentemente, dirigindo por mais tempo. O uso destes produtos, aliado ao álcool, implica em problemas para a segurança e à saúde.
 
A necessidade da campanha de conscientização, defendida por Savi, tem como base também pesquisas realizadas entre maio e agosto de 2011, pelo Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso, em parceria com Polícia Rodoviária Federal, utilizando amostras de urinas de 103 motoristas.
 
A pesquisa apontou que em 15% dos motoristas havia usado cocaína para cumprirem mais horas de trabalho. O mesmo estudo mostrou que 7% usaram anfetaminas e em 20% dos casos havia traços tanto de anfetaminas quanto de cocaína. Além disso, os motoristas ultrapassaram 16 horas diárias de trabalho.






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