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Cidades
Terça - 19 de Junho de 2012 às 17:23

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Pagar por um plano de saúde e não poder contar com ele. Isso é o que muitos servidores do Estado continuam enfrentando com o MT Saúde, plano de assistência médica e hospitalar criado pelo Governo para atender aos funcionários públicos e seus familiares.

A reclamação da categoria é a mesma de meses anteriores: muita burocracia para autorização de consultas e exames médicos, recusa por parte de médicos e clínicas em atender pelo convênio e o contínuo desconto mensal na folha de pagamento do valor de manutenção de um plano de saúde sem benefícios.

Em entrevista ao MidiaNews, um servidor, que preferiu não se identificar, contou que o seu filho precisou pagar R$ 50 “por fora” para receber atendimento de um médica que consta no quadro de conveniados do MT Saúde. Isso porque ela deixou claro que não iria atender pelo convênio, por falta de pagamento por parte do plano.

“O atendimento praticamente não existe. Neste momento, eu nem conto mais com o plano, mas, todo mês, descontam mais de R$ 300 da minha folha de pagamento, desde que esse plano foi criado”, reclamou.

O funcionário contou ainda ter gasto mais de R$ 600 com médicos e hospitais para tratar dos dois filhos, que tiveram dengue, porque, mais vez, o plano não teve serventia alguma.

Ele já cogita a possibilidade de cancelar o convênio MT Saúde, mas destaca o empecilho criado pelo Governo para autorizar o débito em folha de qualquer outro plano de saúde.

“O Governo não autoriza a contratação de outro plano para desconto em folha, sendo que há um desconto maior quando é assim”, disse.

Os servidores também reclamam da burocracia que envolve a autorização de consultas e exames, quando os pacientes precisam ir várias vezes à sede do MT Saúde, na Avenida do CPA, no bairro Araés, para conseguir a liberação.

“Quem está ruim ou não quer correr o risco de morrer não vai ficar indo toda hora na clínica e na sede para conseguir autorização. Prefere pagar de uma vez”, afirmou o servidor.

Outro lado

Em abril deste ano, o secretário de Administração, Cesar Zílio, afirmou, em entrevista coletiva, que o atendimento pelo plano de saúde dos servidores já havia sido regularizado e que o Estado estaria pagando em parcelas a dívida de R$ 39 milhões que havia contraído com as prestadoras de serviços.

Na época, ele afirmou ainda que os beneficiários e coparticipantes do plano que tiverem que gastar algo além do que é descontado da folha de pagamento – e que, originalmente, deveria ser coberto pelo certame - devem informar ao MT Saúde, para pleitear ressarcimento.

Mas, ele foi categórico ao afirmar que não pode garantir que todos terão o dinheiro devolvido e que cada caso é analisado separadamente.

Até o momento, segundo o cronograma do Governo do Estado, três parcelas da dívida já forma pagas, totalizando um montante de R$ 16 milhões.

De acordo com a empresa São Francisco Saúde, que está gerindo o plano de maneira emergencial, a operadora já realizou o pagamento dos conveniados que prestaram serviços, a partir da data que a empresa assumiu o MT Saúde.

No entanto, alguns prestadores continuariam sem pagamento por problemas de documentação e por não terem apresentado todos os dados necessários para a realização do pagamento. E a operadora aguarda contato desses conveniados para resolver a situação.

Além disso, a empresa alerta os beneficiários de que, para consultas e exames de rotina, não é necessário de dirigir à sede do MT Saúde para retirar a guia de autorização, uma vez que o processo é feito pelo prestados, por meio do sistema on-line, por telefone ou fax.

O MT Saúde divulgou a lista atualizada da rede credenciada - clique AQUI - e orienta os beneficiários a procurarem a rede e denunciarem os prestadores que constam na lista e que estejam fazendo cobrança indevida ou se negando a atender pelo plano.






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