Elize tentou enganar sogros, diz promotor; confira a denúncia
Leia a íntegra da denúncia do promotor contra Elize
De acordo com o promotor José Carlos Cosenzo, em 21 de maio, Elize procurou o detetive particular que havia contratado para confirmar a traição de Matsunaga e conseguiu as gravações em que ele aparece com uma garota de programa conhecida como Natália. Para Cosenzo, o crime foi premeditado por Elize.
Com as imagens, Elize foi até a casa dos pais de Matsunaga e disse que o marido, morto por ela na noite do dia 19, havia saído de casa porque tinha outra mulher.
"No dia 21 de maio (segunda-feira) foi até a agência de detetives retirar as filmagens feitas com Marcos e a amante, e as levou aos pais dele, cuja mostra visava concretizar a parte final de seu plano, de que a vítima saíra de casa porque tinha outra mulher", escreveu o promotor Cosenzo.
Procurado pela reportagem desde o meio da tarde desta terça-feira, o advogado Luciano Santoro, defensor de Elize, não atendeu ao pedido de entrevista.
O promotor também afirmou à Justiça que Elize trocou o cano da pistola 380 usada para atirar na cabeça de Matsunaga com a finalidade de enganar os peritos que viessem a investigar o crime: "Excelente atiradora e conhecedora de armas, substituiu o cano da arma utilizada por um outro que mantinha, de molde a inviabilizar definitivamente eventual exame pericial de confronto do projétil com a pistola, bem como comprovação de disparo recente."
Morte do executivo da Yoki
JUSTIÇA
A 5ª Vara do Tribunal do Júri de São Paulo aceitou na tarde desta terça-feira a denúncia (acusação formal) contra Elize. Agora, ela passa a ser ré no processo sobre a morte do marido. A Justiça ainda decretou a prisão preventiva de Elize, que deve ficar presa até o julgamento do processo.
A Justiça vai decidir se ela será levada ou não a júri popular.
Matsunaga foi morto em 19 de maio, no apartamento onde vivia com Elize e a filha de um ano, na Vila Leopoldina (zona oeste de São Paulo).
De acordo com oa denúncia do Ministério Público, Elize matou para ter direito ao seguro de vida do marido, de R$ 600 mil.
Ela foi denunciada por homicídio doloso triplamente qualificado (que serve para aumentar a pena): motivo torpe (vingança), recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel. Ela também será processada por ocultação de cadáver.
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