"Diante das tensões renovadas dos mercados, o G20 e a zona do euro vão tomar todas as medidas necessárias para salvaguardar a intregridade e a estabilidade da área, melhorar o funcionamento dos mercados e quebrar o círculo vicioso entre bancos e dívidas soberanas", diz o texto final do encontro.
Chefes de estado do G20, no México (Foto: Bertrand Langlois/AFP)
O grupo disse ainda esperar que a zona do euro trabalhe em parceria com o próximo governo da Grécia para garantir que o país continue no caminho de reforma e sustentabilidade, informou a nota. O texto também apontou a necessidade de uma maior integração financeira na zona euro.
Emergentes
No comuncado final, o G20 diz que a crise afeta os países em desenvolvimento, principalmente os de menor renda e que alguns - como é o caso do Brasil - investem em medidas para estimular a demanda interna. "Alguns países emergentes estão vivendo redução de crescimento. Em resposta, esses países estão apropriadamente direcionando as políticas fiscais e monetárias para suportar o crescimento enquanto garantem a estabilidade e, em alguns casos, implementando novas medidas para estimular a economia, particularmente fortalecento a demanda doméstica em um contexto de demanda externa mais fraca."
Bancos
O G20 afirmou que está implementando uma agenda de reforma estrutural e regulatória para criar sistemas financeiros mais capazes de suportar pressões. O grupo sinalizou que dará suporte ao plano que considerará passos concretos para uma maior arquitetura financeira integrada, incluindo supervisão bancária, resolução e recapitalização e garantia de depósitos.
O G20 saudou o plano de recapitalização dos bancos espanhóis e a inciativa da Europa de ajudar na tarefa. E disse "apoiar totalmente as ações na zona euro na direção de realizar a união econômica e monetária". "Apoiamos a intenção de considerar passos concretos em direção a uma arquitetura financeira, comportando a supervisão de bancos, resoluções e recapitalizaçãos e garantia de depóstios." E apontou nominalmente o Banco de Investimento Europeu (EIB, na sigla em inglês), projetos pilotos de títulos de dívida conjunto e fundos estruturais e de coesão.
O texto recomendou que os países que têm "espaço fiscal" devem investir - atentos às contas nacionais e à demanda - e que os gastos com educação, inovação e infraestrutura podem sustentar a criação de empregos e aumentar a produtividade.
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