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Política
Quarta - 20 de Junho de 2012 às 08:12

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Alex de Jesus/O Tempo
Goleiro Bruno chora durante depoimento na Assembleia de Minas Gerais em junho de 2011.
Goleiro Bruno chora durante depoimento na Assembleia de Minas Gerais em junho de 2011.
Mesmo após a defesa do goleiro Bruno Fernandes tentar impedir na Justiça a veiculação de um documentário sobre o caso Eliza Samudio, a série “Até que a morte nos separe” foi exibida na noite desta terça-feira (19) pelo canal a cabo A&E. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) negou, horas antes de o episódio “Penalidade Máxima” ir ao ar, a liminar que pedia a suspensão da exibição do programa. O pedido foi indeferido pela juíza Patricia Maiello Ribeiro Prado, da 41ª Vara Cível do Fórum João Mendes, mantendo a decisão do juiz Ivanhoé Pinheiro, da 38ª Vara Civil de São Paulo, dada nesta segunda-feira (18).

O episódio trouxe declarações de pessoas ligadas ao caso sobre o desaparecimento da ex-modelo e de especialistas, fazendo uma espécie de reconstituição dos fatos. Além do depoimento do goleiro, na Assembleia de Legislativa de Minas Gerais em 2011, o programa mostrou relatos como o da mãe de Eliza Samudio, Sônia Moura, e os dos delegados Edson Moreira e Alessandra Wilke.

Liminar negada
De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), a defesa de Bruno alegava em seu pedido que “a divulgação de programa jornalístico narrando os fatos a ele imputados como crime, ainda sob investigação judicial, atingiriam sua imagem por ficar vinculado à figura de culpado pelo fato criminoso”. Para a juíza Patricia Maiello Ribeiro Prado, a alegação não justificava a suspensão da exibição do programa. “A divulgação dos fatos, ainda que criminosos e não julgados por decisão transitada em julgado, não pode ser impedida”, afirmou a magistrada em sua decisão.

Um dos advogados do atleta, Eduardo Salles Pimenta, disse nesta segunda-feira (18) que entrou com um pedido de ação indenizatória contra o site e contra a produtora do conteúdo do vídeo. Na decisão desta terça-feira, a juíza Patricia Maiello Ribeiro Prado determinou que a defesa apresente, em dez dias, o valor pretendido coma indenização por danos morais, pois, de acordo com a Justiça, o pedido sem a indicação de qualquer parâmetro viola a legislação.

O caso
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus vão a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.

Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.

O goleiro, o amigo Luiz Henrique Romão e o primo Sérgio Rosa Sales vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Sérgio responde ao processo em liberdade. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Eliza. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio.





Fonte: Do G1 MG

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