O governo vai iniciar nas próximas semanas estudo para a concessão do Bolsa Verde para mais famílias que vivem em áreas que carecem de proteção ambiental. A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, disse que o programa ainda está em estágio inicial, mas que o objetivo é estendê-lo a todas as reservas e assentamentos extrativistas e florestas nacionais.
Ela explicou que o programa está no sexto mês de atividade e que uma avaliação será feita para que ele possa ser ampliado. Atualmente, 23 mil famílias incluídas no Bolsa Família são beneficiadas com pagamento de R$ 300 a cada três meses para ajudar a preservar a área verde no entorno de onde residem. O pagamento do Bolsa Verde é adicional aos que recebem o Bolsa Família, que atinge um total de 13,5 milhões de famílias.
"É um programa recente, ainda está em construção. O mundo todo olha, é uma grande novidade. O Brasil, além de combater a pobreza, conseguiu agregar a agenda ambiental. É o começo de um novo processo. Até onde vai, acho que é aposta. Queremos que ele vá até o máximo possível. A lei não estabeleceu um limite", afirmou a ministra, após participar de debate na conferência Rio+20.
Ao conceder o benefício, o governo faz uma imagem aérea do terreno em volta da casa de cada beneficiado, para monitorar o andamento do trabalho de preservação ambiental. As famílias beneficiadas assinam um termo de adesão se comprometendo a cuidar do bioma próximo.
Com a expansão, o Bolsa Verde pode beneficiar famílias isoladas, que ainda nem são atendidas por qualquer programa social do governo, acrescentou Tereza Campello. A ministra evitou fazer qualquer projeção sobre o potencial de crescimento do Bolsa Verde.
"Podemos ir até famílias de ribeirinhos, a famílias de catadores de caranguejos e a famílias extrativistas que residem em florestas privadas. A lei já permite que a gente amplie para outras áreas", observou.
Comentários