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Internacional
Terça - 26 de Junho de 2012 às 11:47

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O Papa Bento XXI aceitou a renúncia do bispo argentino Fernando María Bargalló, que foi fotografado tomando banho de mar com uma mulher em uma praia do México, informou nesta terça-feira (26) o Vaticano.

A renúncia do bispo de Merlo-Moreno foi aceita segundo o artigo 401, parágrafo 2, do Direito Canônico, que prevê o afastamento "por doença ou causa grave".

O papa nomeou como substituto provisório o bispo emérito de San Isidro, monsenhor Alcides Jorge Pedro Casaretto, de 75 anos, com o título de "Administrador Apostólico ad nutum Sanctae Sedis".
 

O bispo Fernando María Bargalló se explica em entrevista ao canal América 24, postada no YouTube (Foto: Reprodução)
O bispo Fernando María Bargalló se explica em entrevista ao canal América 24, postada no YouTube (Foto: Reprodução)

A expressão "ad nutum Sanctae Sedis" indica que ele permanecerá no cargo de Administrador Apostólico até que a Santa Sé designe o novo bispo diocesano.

Bargalló havia apresentado a renúncia na segunda-feira à Nunciatura Apostólica, a representação do Vaticano na capital argentina.

A princípio, Bargalló afirmou que a mulher na foto era uma "amiga de infância", mas na sexta-feira, pressionado, admitiu o vínculo amoroso aos padres de sua diocese e apresentou a renúncia.

O bispo era considerado um dos favoritos para substituir o cardeal Jorge Bergoglio como arcebispo de Buenos Aires.

O escândalo teve início com uma série de fotografias que mostram o bispo, de 57 anos, no mar abraçado com uma mulher, que segundo a imprensa seria a empresária Mariví Martínez Bo, de 56 anos.

O bispo foi eleito por dois períodos consecutivos como presidente da instituição Cáritas Argentina, na qual ficou até novembro de 2011.

Os católicos da América Latina têm sido expostos a diversos casos de bispos forçados a admitir sua paternidade diante da Justiça, a exemplo do ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo, o que abriu uma discussão sobre a validade do celibato, mas o compromisso com os pobres sempre esteve fora do debate.

O bispo de Avellaneda, monsenhor Jerónimo Podestá, foi afastado desta diocese na periferia de Buenos Aires por manter uma relação sentimental com sua secretária, que acabou assumindo publicamente, mas sem renunciar ao hábito e deflagrando o chamado Movimento dos Padres Casados.

Outros sacerdotes argentinos confessaram relações sentimentais com suas fiéis, como o ex-padre Herenar Sackman, que abandonou o hábito em 1989 e se casou com uma voluntária da Cáritas, ou Víctor Casas, que renunciou para ficar com uma jovem do coro da sua igreja.


 
 






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