Serys se diz excluída do pleito pelo PT, mas defende candidato próprio
A ex-senadora Serys Marly (PT), que chegou a ser cotada para a disputa pela Prefeitura de Cuiabá, se mostra magoada com a cúpula do partido, especialmente a Executiva estadual que, segundo ela, a excluiu de todo o processo eleitoral, especialmente o da Capital. “Não pode haver exclusão de correntes”, disparou Serys, em entrevista ao RDNews, deixando claro que as “feridas” de 2010 ainda não foram cicatrizadas.
Na última eleição o PT rachou em torno de Serys e Carlos Abicalil, que buscavam disputar o Senado. O resultado foi desastroso, Abicalil disputou a senatória, mas não levou. Já a ex-senadora concorreu à Câmara Federal e também não obteve sucesso.
Perguntada se foi chamada para o debate em torno da candidatura própria do vereador Lúdio Cabral, ela é categórica: “Nunca fui chamada para uma conversa. Acho que não me querem”, alfinetou a petista, que participou da conferência Rio + 20, ajudando na recepção dos chefes de Estado.
Ela retorna à Capital nesta quarta (27) e pontua que vai buscar se familiarizar mais com o planejamento do PT para o pleito deste ano. “É um momento importante. Espero que a diretoria tome as atitudes certas”, ressalta. Serys dispara ainda que é do PT e que vai continuar no partido apesar dos percalços.
Embora não esconda a revolta com a exclusão, Serys avalia que a candidatura de Lúdio será importante para que a sigla se fortaleça na Capital, impulsionando a chapa proporcional.
Reação
Lúdio, por sua vez, nega que Serys tenha sido excluída. Segundo ele, a petista estava envolvida com a Rio+20 e, por isso, se distanciou. “Sempre procurei o grupo da ex-senadora”, afirmou. Ele pontua ainda que a petista sempre esteve no lado oposto ao dele. Lúdio lembra que o grupo da ex-senadora primeiro defendeu composição com um candidato, numa referência a Mauro Mendes (PSB); depois indicaram Jairo Rocha para disputar às prévias, recuando na última hora. "Em 10 de junho, na minha homologação, os 27 delegados ligados a ela se abstiveram e não votam em mim", reclama. Mesmo assim, Lúdio garante que vai buscar diálogo com a petista.
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