A interrupção foi determinada depois que mulheres em todo o mundo tiveram problemas de rompimento nos implantes. A partir de então, por determinação da Anvisa, a venda dos silicones no mercado brasileiro ficou condicionada a certificação do Inmetro. O fundador da marca francesa PIP chegou a admitir que usava silicone adulterado.
Os testes são feitos por diferentes laboratórios e no caso da Lifesil os exames foram realizados pelo Instituto Falcão Bauer da Qualidade (IFBQ), em São Paulo. A certificação é válida até junho de 2017.
Entre os itens analisados estão a caracterização química de materiais e limites máximos de metais pesados, integridade para o material de membrana (alongamento, tração, resistência), impacto para implantes no estado implantável, biodegradação e contaminação de partículas.
“Isso é uma conquista mundial, porque uma empresa nacional saiu na frente das multinacionais”, avaliou o proprietário da empresa, Jorge Wagenfuhur, que também é cirurgião plástico. Atualmente, a indústria produz, em média, seis mil próteses por mês e vende para diferentes estados do país. Depois do Paraná, o estado que mais compra o produto curitibano é Goiânia.
Segundo Wagenfuhur, após os incidentes com a PIP e a Rofil e a regulamentação da Anvisa, a equipe – que acreditava na qualidade do produto – se organizou para conseguir a certificação junto ao Inmetro. A empresa que deseja o selo deve requisitá-lo junto ao Inmetro. Wagenfuhur explicou ao G1 que as próteses têm como matéria prima silicone liquido e que todo o processo de produção leva cerca de 30 dias.
A empresa curitibana atua no mercado há sete anos, sendo que há três comercializa próteses de silicone. A experiência de Wagenfuhur como cirurgião plástico foi levada para a fábrica. Segundo ele, há alguns anos era comum falta prótese no mercado e ele percebia que a qualidade poderia ser melhor. “Se você vai entrar em um negócio, tem que entrar com qualidade. E essa sempre foi a minha intenção”.
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