O sucesso instantâneo de Romarinho fez o Corinthians blindá-lo. Até a segunda partida da final da Copa Libertadores, contra o Boca Juniors, o atacante não concederá entrevista e foi aconselhado a não sair à noite. Cássio, que assumiu a meta titular há pouco tempo e viveu situação semelhante, acredita que a proteção da diretoria é justificável.
"As coisas acontecem muito rápido, comigo também, e agora todo o mundo vem pedir coisas. A cobrança é maior, acho que é legal ter isso por parte do Corinthians. Esse apoio fora de campo ajuda muito", disse o goleiro, ao fim do treino deste sábado, no CT Joaquim Grava.
A exemplo do que ocorre agora com Romarinho, Cássio foi procurado por membros da diretoria e da comissão técnica depois de atuar bem na Libertadores e conquistar a titularidade.
"Não dava entrevista porque não jogava, e me falaram que ia ter muita. O Edu (Gaspar, gerente de futebol), o Tite (treinador) e o Mauri (Lima, preparador de goleiro) me pediram para ficar tranquilo, para perto do jogo me concentrar, não dar muita entrevista", revelou o arqueiro.
A menor exposição na imprensa é apenas um dos cuidados da diretoria. O clube também vai dar conselhos financeiros a Romarinho, que tem 21 anos e passou a ganhar salário bem maior do que recebia no Bragantino, seu clube anterior.
"Quando comecei a ganhar um salário melhor, pensei em comprar casa para a minha família, às vezes uma roupa que antes não dava. Se o salário era bom, um carro novo... Tem que colocar os pés no chão, a carreira de futebol é curta, tem que guardar dinheiro para o futuro, para quando tiver filhos", recomendou Cássio.
O sucesso repentino de Romarinho se deve aos gols importantes que fez contra Palmeiras, no Campeonato Brasileiro, e diante do Boca Juniors, na primeira final do torneio continental. O jovem jogador, contudo, ainda é reserva da equipe. Em tese, ele disputa posição com Jorge Henrique e Emerson, atacantes que atuam pelas pontas na formação do técnico Tite.
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