Durante entrevista coletiva realizada neste domingo, Police Neto disse que fez uma apuração preliminar para verificar possíveis fraudes. “Até agora não identificamos nenhuma burla de votação”, disse. “Não tem fraude em votação [presencial]. Isso eu posso garantir já.”
A reportagem do “Estado” relata três maneiras irregulares de os vereadores marcarem suas presenças: funcionários dentro do plenário, utilizando senhas pessoais e intransferíveis dos parlamentares, acessam terminais no lugar dos vereadores e registram no painel a permanência dos políticos; o vereador marca sua presença por meio de um terminal situado ao lado de um elevador privativo, em uma sala secreta fora do plenário; e o parlamentar registra, ele mesmo, sua permanência, mas sai em seguida da sala.
Police Neto rebateu as afirmações da reportagem. Ele explicou que os funcionários citados na reportagem, entre eles um assistente parlamentar que atua na Casa desde 1988, são operadores de painel. Entre suas funções está a de registrar a presença dos vereadores (esse registro pode ser feito por solicitação dos políticos). Por conta disso, segundo o presidente, eles acessam o painel sem a necessidade das senhas pessoais dos parlamentares.
Sobre a acusação do uso do terminal próximo do elevador exclusivo, afirmou que este registra apenas a presença do vereador. “Não tem voto no elevador. Ninguém vota no elevador”, disse, acrescentando que esta é a primeira vez que o uso do aparelho fora do plenário é questionado.
Questionado a respeito da ausência dos colegas logo após a marcação da presença, Police Neto disse que às vezes os parlamentares se retiram para fazer trabalho de "aprofundamento técnico”. “Os parlamentares não têm só o plenário como fonte de seu trabalho.”
Apesar de rebater as acusações, ele disse querer mais tempo para apurar possíveis irregularidades. “A gente tem que ser responsável com as pessoas que aqui trabalham.”
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