"A atual provisão de armas para o governo sírio e seus oponentes alimenta uma violência adicional", disse Pillay em discurso lido por ela ao Conselho de Segurança da ONU. "Qualquer nova militarização do conflito deve ser evitada a todo custo."
Imagem fornecida por civis mostra protesto em região de Damasco (Foto: AP)
Ela afirmou que considera a atual situação na Síria como um "conflito armado interno não-internacional", termo jurídico que designa uma guerra civil. Quando esse termo é empregado, dizem diplomatas, as regras da Convenção de Genebra passam a se aplicar ao conflito.
Pillay não disse qual é a origem das armas, mas se sabe que Rússia e Irã estão entre os principais fornecedores de material bélico para o regime de Bashar al-Assad. Diplomatas da ONU dizem que Catar e Arábia Saudita estão cada vez mais armando a oposição síria.
A alta comissária reiterou seu apelo para que o Conselho de Segurança, formado por 15 países, encaminhe a questão síria ao Tribunal Penal Internacional, porque crimes contra a humanidade e outros crimes de guerra estariam sendo cometidos. Segundo ela, ambos os lados parecem ter cometido crimes de guerra.
Ela citou também as conclusões de uma comissão de inquérito do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre o massacre de Houla, em maio, que deixou mais de 100 mortos, inclusive dezenas de crianças.
A comissão afirmou na sexta-feira que as mortes foram cometidas por partidários de Assad. Segundo Pillay, as evidências apontam para "uma maior responsabilidade do governo", mas que não é possível excluir que algumas mortes tenham sido cometidas por membros da oposição.
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