Uma universitária, de 22 anos, disse que forjou o próprio sequestro na noite da última terça-feira (26) para não ter que entregar seu trabalho de conclusão de curso da faculdade, em Belém, no Pará.
Segundo o delegado Gilvandro Furtado, a estudante forjou disse não ter concluído o trabalho em tempo hábil.
— Ela não queria aborrecer a mãe porque no semestre passado havia ficado reprovada na universidade pelo mesmo motivo.
Para ele, a repercussão que o caso ganhou assustou a universitária. Ao diretor da Divisão de Homicídios, onde o suposto sequestro foi registrado, a jovem contou que durante o suposto sequestro ficou hospedada na casa de um amigo. Segundo ela, seu colega e um casal que a levou para casa não têm participação na farsa.
A jovem foi indiciada pela falsa comunicação de crime. Por ser este um crime de menor potencial ofensivo, a estudante foi libertada mediante compromisso de comparecer em audiência futura em um juizado criminal especial.
De acordo com a Polícia Civil, a confissão não encerra as investigações sobre o caso. A polícia permanece investigando o possível envolvimento de outras pessoas na farsa.
Falso sequestro
Em sua primeira, ela disse ter sido sequestrada por três homens em um veículo na Almirante Barroso. Ela teria sido mantida em um cativeiro, com os punhos amarrados, por cerca de 24 horas, quando foi libertada pelos sequestradores.
De acordo com essa história, a jovem pediu um celular emprestado de um homem que passava pela rua e entrou em contato com a mãe, Josiane Fadel, explicando que não sabia onde estava. Um casal de amigos da jovem estava próximo ao local, a viu na rua e a ajudou a voltar para casa.
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