Muito nervosa, a mulher derrubou o portão da residência. Ela entrou e disse que procurava pelos corpos. A mulher recusou a ajuda de pessoas que passavam pela rua. Muitos tentaram convencê-la a deixar a casa, mas ela preferiu ficar sentada próximo ao portão.
Os vizinhos decidiram entrar na residência e retirar facas e outros objetos que pudessem ser usados por ela após ameaças de suicídio. Assustados, eles acionaram a polícia, que entrou em contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). As equipes chegaram ao local por volta das 6h30.
Equipes do Corpo de Bombeiros também auxiliaram na ocorrência. A mulher, que estava transtornada, teve de ser imobilizada.
Agentes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) tiveram que organizar o trânsito, complicado na região por causa de motoristas que, curiosos, reduziam a velocidade para assistir à cena.
O proprietário da residência, que estava no trabalho, foi chamado e ficou supreso com o ocorrido. Funcionário do Departamento de Criminalística, ele ficou preocupado com a possibilidade de a mulher encontrar uma arma, guardada no andar de cima da casa. "Mas, por sorte, fui informado que ela andou apenas pelos cômodos do piso térreo", disse o dono da casa, que não quis ter o nome divulgado. Questionado sobre a existência de corpos no local, desmentiu. "Ela estava transtornada e falava coisas sem sentido. Claro que não há corpos no interior da casa."
Por volta das 6h45, policias convenceram a mulher a seguir para o hospital. Ao se aproximar da ambulância, no entanto, ela ficou agressiva e teve de ser imobilizada mais uma vez. Após ser colocada na maca, um dos policiais teve de amarrar as pernas da mulher, que se debatia.
Ela foi encaminhada ao Hospital São José, localizado na Avenida João Ribeiro, na Zona Norte da capital, onde foi medicada. O Departamento de Serviço Social da unidade de saúde foi acionado para tenta localizar familiares e informar sobre o ocorrido.
Comentários