Lideranças prestam homenagem a Dante ao completar 6 anos da morte
Nesta sexta (6), completa exatamente 6 anos de morte da principal liderança que simboliza as Diretas Já, movimento que acabou pressionando pelo fim da Ditadura Militar. Ex-ministro da Reforma Agrária e ex-governador, Dante de Oliveira (PSDB) faleceu em 2006 em decorrência de infecção generalizada por causa de complicações pulmonares e diabetes. Até hoje, o tucano é uma figura admirada por toda a classe política mato-grossense.
Para se ter uma ideia do prestígio conquistado por ele, até mesmo o secretário estadual de Educação, Ságuas Moraes, do PT, partido que à época era adversário do PSDB, ressalta que Dante foi um grande estadista e lamenta a perda para o Estado. "Ele trouxe contribuições importantes, começou a divulgar Mato Grosso com o programa de incentivo à cultura do algodão, com a energização do Estado, ações que foram consolidadas na gestão Blairo Maggi, mas que se iniciaram com Dante", destaca.
O senador Jayme Campos (DEM), antecessor de Dante no Governo e também de grupos políticos opostos na época, observa que o tucano deixou um legado reconhecido por todos. "Ele tinha uma biografia invejável, visão moderna, político respeitoso", ressalta. Além de ministro e governador por dois mandatos, Dante também foi deputado federal e prefeito de Cuiabá por duas vezes.
Ele foi eleito governador pela primeira vez em 1994 e reeleito em 1998, com 472.409 votos. O pleito de 1998 ficou marcado na família Campos pela derrota histórica de Júlio Campos, hoje senador, para Dante. Mesmo com um certo desgaste do Governo tucano diante das privatizações e demissões em massa, Júlio não conseguiu levar a melhor nas urnas.
A derrota de Júlio se deu em grande parte à rejeição do eleitorado diante da união dos Campos com o PMDB do deputado federal Carlos Bezerra, até então adversários de longa data. "Fomos adversários políticos, mas sempre nos tratamos de forma respeitosa, e a democracia tem disso", destaca Jayme.
Em 2006, Dante renunciou ao segundo mandato consecutivo no Governo para concorrer sem sucesso ao Senado. Mesmo assim, a viúva Thelma de Oliveira (PSDB) conseguiu se eleger, com o prestígio do marido, deputada federal em 2002. Quatro anos depois, conquistou a reeleição. No último pleito, porém, ela ficou apenas na condição de suplente do PSDB.
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