Nos diálogos, uma delas se orgulha de ter conseguido duas senhas de cartão de créditos de um turista. Em outra conversa, uma suspeita pede que a amiga vá até a porta do quarto para pegar o cartão e efetuar o roubo, feito com máquinas próprias para o débito.
Durante dois dias, foram presas 12 mulheres, que seriam garotas de programa, e quatro homens, supostamente seus companheiros e maridos. Os presos foram apresentados na delegacia neste sábado.
Segundo a polícia, as mulheres responderão por formação de quadrilha, furto, roubo qualificado e estelionato. Os homens responderão por cafetinagem de suas próprias mulheres e namoradas.
Para desbaratar a quadrilha, policiais trabalharam infiltrados em boates de Copacabana. Segundo a investigação, as supostas garotas de programa abordavam homens em bares da orla de Copacabana e os levavam para motéis onde eram dopados. As mulheres então pegavam os cartões de crédito e débito das vítimas e passavam em máquinas que elas próprias possuíam, debitando até o limite permitido pelo banco, de acordo com cada cartão.
Depois, segundo os policiais, elas colocavam os cartões de volta na carteira da vítima, que só viria a descobrir o golpe na fatura do cartão. Policiais disseram que um turista chegou a perdeu R$ 80 mil numa noite.
Segundo o delegado Alexandre Braga, quando ainda estavam em bares ou restaurantes, as mulheres prestavam atenção na senha que a vítima digitava para pagar a conta. Quando o cliente estava dopado, elas usavam a senha para tirar o dinheiro de sua conta. O delegado explicou que as máquinas de pagamento em cartões que as mulheres tinham estavam em seus próprios nomes, como se fossem profissionais autônomas, e em nome de empresas, que a polícia investiga se são dos envolvidos ou de terceiros.
“As mulheres solicitavam às operadoras de cartões a antecipação do pagamento, pagando uma taxa de 3,5%”, explicou o delegado.
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