O trabalhador que desapareceu após acidente na obra da usina hidrelétrica Colíder, na região de Nova Canaã do Norte, a 696 quilômetros de Cuiabá, ainda não foi localizado informou na noite deste domingo (15), ao G1, o comandante do Corpo de Bombeiros de Colíder, tenente Rafael Ribeiro Marcondes. Até às 21h49 (horário de Mato Grosso) as buscas continuavam, mas sem registrar avanço. Serão mantidas durante a madrugada, apontou o militar.
Ainda neste domingo o Corpo de Bombeiros disse ter sido o acidente registrado em uma área de descarga de materiais de construção que desmoronou e não barragem da usina hidrelétrica, como divulgou anteriormente. A assessoria de imprensa da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), responsável pelo empreendimento, confirmou ao G1 que a área de descarte recebe os materiais não mais utilizados na obra.
Em nota, a Copel destaca que o "acidente aconteceu às 3h15 deste domingo. Uma área conhecida como "bota-fora", que serve para descarte de material na margem direita do rio Teles Pires, cedeu causando o tombamento de três caminhões e um trator", aponta a companhia.
O trabalhador foi identificado. Segundo a Copel, trata-se do ajudante de produção Jonas da Silva Santos, de 19 anos. Quatro motoristas que estavam trabalhando no local sofreram apenas ferimentos leves e passam bem. Segundo a empresa, "todos os funcionários envolvidos no acidente pertencem ao quadro do Consórcio(EPC), contratado pela Copel para construir a hidrelétrica Colíder".
As buscas durante o dia mobilizaram cerca de cem pessoas, apontou ainda a Companhia. Ainda em nota, a Copel lamentou o ocorrido.
"A Copel lamenta profundamente o ocorrido e concentrará esforços para que o trabalhador seja encontrado com vida e a origem desse acidente seja apurada com a maior brevidade possível. O Consórcio (EPC) já foi notificado pela Companhia e deve iniciar o levantamento das causas do acidente nos próximos dias".
Segundo a Companhia, as estruturas da Usina que estão em construção, inclusive a barragem, não sofreram danos.
As buscas
Comandante do Corpo de Bombeiros, tenente Rafael Ribeiro Marcondes diz que as buscas ao jovem desaparecido são centralizadas em um ponto do local do acidente. "A extensão de terra que desbarrancou foi grande, mas como temos uma noção de onde pode estar o corpo estamos centralizando a busca. Temos uma ideia de 6 a 7 metros de profundidade onde possa estar o corpo", citou Marcondes.
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