Para Murilo Alberto Peltranin, coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE), o calendário escolar deve passar por mudanças. “Logo após a greve, o calendário precisa ser reajustado”, afirmou ao G1 o acadêmico do 5° semestre de Engenharia Florestal.
Já de acordo com Jéssica Lucilene Cantarini, também coordenadora do DCE da universidade, o Conselho Superior de Ensino e Pesquisa (Consepe) deve reorganizar as atividades para aproveitar os dias letivos já cumpridos pela categoria. “Será aproveitado o que já foi visto até agora pelos alunos e não perderemos o semestre” ressaltou.
A assessoria de imprensa da UFMT informou ao G1 que o calendário escolar só deve ser alterado depois de uma nova votação no Consepe, que será feita somente após o término da greve. Contudo, a UFMT confirmou que os dias letivos já ministrados devem ser aproveitados no novo calendário.
Caiubi Kuhn, presidente da Associação de Pós-Graduandos da UFMT (APG), relatou que os alunos do curso da Pós-Graduação estão com dificuldade para cumprir os prazos estabelecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que é responsável por regular a oferta de programas de mestrado profissional. “Somos a favor da greve, pois implica em reivindicações para nossa carreira no futuro também. No entanto, a categoria tem que se manifestar para cobrar que possam flexibilizar os prazos para os alunos concluírem os trabalhos”, salientou o mestrando de geociência da UFMT.
Greve dos professores
Já para Tomás Boaventura, membro do comando local de greve, o calendário para este semestre já está comprometido por conta dos dois meses de greve.
A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat) deve se reunir na próxima quinta-feira(19), em assembleia geral com a categoria, para avaliar os efeitos da proposta do governo federal. Boaventura afirmou ainda que para ele, a proposta do governo federal não atendeu as reivindicações da categoria. “Na segunda-feira, dia 23, vamos abrir mais uma negociação com o governo federal. Mas antes, teremos essa reunião para debater o assunto.” informou o representante da Adufmat.
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