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Nacional
Quarta - 18 de Julho de 2012 às 02:27

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Determinação e esforço foram as palavras utilizadas por Bruno Faviero, 19 anos, para descrever a "fórmula" do seu sucesso. Desde a 9ª série, ele decidiu ser o melhor aluno possível. "Não sei do que os estudantes tanto reclamam, só pode ser por preguiça", critica Faviero. Em 2010, ele foi aceito com bolsa integral em 12 das mais conceituadas universidades americanas - e rejeitou instituições como Harvard, Princeton e Stanford. Hoje, ele estuda no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), uma das instituições mais conceituadas em ciência e tecnologia. O brasileiro palestrou nesta terça-feira no 13º Congresso Internacional da Gestão, realizado pelo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade.

Nascido em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Faviero reside nos Estados Unidos há 14 anos. No Brasil, cursou apenas o jardim de infância. No que corresponderia ao Ensino Médio brasileiro - 9ª à 12ª série nos EUA -, estudou na Don Estridge High Tech Middle School, onde começou a se interessar por tecnologia. No MIT, ele faz seu major em ciência da computação e o minor em gestão - ou seja, vai se formar no primeiro, com uma espécie de "especialização" no segundo.

Para ele, o Ensino Médio foi fácil. "Não me considero um gênio. Trabalhei muito para chegar aqui", diz o jovem, que nunca tirou um "B" na escola. Ele conta que optou por prestar atenção e fazer questionamentos durante as aulas, para não precisar estudar fora da escola. Assim, conseguiu tempo para reunir mais de 500 horas de voluntariado e participar do time de corrida. "Eu me envolvi, fui além do que precisava fazer", ressalta. Para ele, este é o grande segredo para uma boa formação: aproveitar todas as oportunidades, mesmo as que parecem não ter utilidade. "Em uma entrevista de emprego, já se interessaram pelo fato de eu ter sido juiz de futebol americano", relatou em entrevista à imprensa.

Escolher a universidade não foi fácil. Entre milhares de opções, escolheu 12 para se inscrever - e passar em todas elas não facilitou a decisão. Faviero conta que todos que o encontravam diziam que a escolha era óbvia: Harvard. "Não era para mim. Não dá para escolher uma universidade somente pela reputação", diz o jovem. Ele passou um fim de semana no MIT, gostou do lugar, dos professores, dos colegas e do programa de estudos.

Nos Estados Unidos, o ingresso nas universidades se dá por um teste geral - o SAT. Além disso, cada instituição tem uma espécie de ficha de inscrição e um processo seletivo adicional, normalmente feito por meio de uma redação. "As universidades americanas querem saber o que você faz além de estudar e quem você é. Elas querem paixão", declara Faviero. "O MIT quer saber quem pensa diferente, pois quem inova muda o mundo", completa.

Atualmente, o jovem faz estágio como engenheiro de software na Intel. No próximo trabalho, diz que vai tentar entrar em uma empresa pequena, pois gostaria de ter essa experiência. Faviero quer aproveitar todas as oportunidades durante a faculdade, assim como aproveitou no Ensino Médio. Além de estudar, ele é editor no jornal universitário The Tech e passa parte do seu tempo velejando.

Faviero se disse surpreso com o nível de exigência do MIT. Para quem estava acostumado a não estudar na escola, foi necessário mudar a rotina - ele chegou a tirar um "B", e por pouco não ficou com "C" em uma disciplina. "A lição de casa pode levar 10 horas para ser feita, mesmo com um grupo de seis pessoas trabalhando sem parar", conta.

Bruno Faviero palestrou no 13º Congresso Internacional da Gestão. Foto: PGQP/ Divulgação

Bruno Faviero palestrou no 13º Congresso Internacional da Gestão
Foto: PGQP/ Divulgação





Fonte: Terra

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