Aécio critica Dilma por falta de investimento na logística de MT
O presidente e presidenciável do PSDB senador Aécio Neves, durante encontro da região Centro-Oeste, em Goiânia (GO), criticou a falta de planejamento do governo Federal no que tange investimentos voltados à melhoria da logística em Mato Grosso. Ele lembrou que esteve em Sorriso, recentemente, onde gravou um informe publicitário e pode constatar a falta de infraestrutura para escoar a produção mato-grossense.
Aécio ressaltou que os produtores têm feito a parte deles, buscando implementar novas tecnologias e produzir cada vez mais. Em contrapartida, não têm recebido a atenção necessária. “Brasil, Centro-oeste, nós somos os mais produtivos. Temos que tratar os produtores rurais com respeito, porque da porteira para dentro está resolvido, agora vamos da porteira para fora”, afirmou em entrevista à imprensa, pouco antes do início do evento em que ele foi aclamado todo tempo como presidenciável tucano.
O deputado federal Nilson Leitão, presidente estadual da legenda, aproveitou o evento para reforçar que a prioridade da legenda é Aécio e que, se necessário, os militantes estão dispostos até a lançar candidatura própria para garantir palanque para Aécio, tendo respaldo da Nacional. Por outro lado, avalia que isso não será necessário porque o grupo de oposição ao governo Silval Barbosa (PMDB) – PPS, PDT, PPS, DEM e PSDB – está bastante unido em torno da pré-candidatura do senador Pedro Taques (PDT).
O ato foi realizado no Clube Jaó e acompanhado por cerca de 500 pessoas –grande parte formada pela juventude tucano em Brasília, Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso, além dos movimentos PSDB Mulher e Sindical, vereadores, prefeitos, deputados estaduais, federais – entre eles Valdivino de Oliveira, Leonardo Vilela, Carlos Alberto, o Leréia, Roberto Balestra e Sandes Júnior e os senadores Cyro Miranda e Lúcia Vânia, todos de Goiás. A comitiva de autoridades, que receberam Aécio, foi liderada pelo governador de Goiás Marconi Perillo.
Representando Mato Grosso, esteve presente apenas Leitão. O partido, que já foi o maior do Estado durante o governo Dante de Oliveira, busca se reestruturar e, talvez, por isso, tinha o menor grupo em Goiânia. “Nilson, bravo líder da Minoria na Câmara Federal”, lembrou o presidenciável. Embora Aécio diga que ainda não há uma definição sobre seu futuro político, o discurso é de pré-candidato ao governo Federal. Ele afirmou, por exemplo, estar preparado para o debate com os petistas que, segundo ele, colocam em risco, por exemplo, a estabilidade econômica obtida na gestão FHC. O ex-presidente era esperado, mas não apareceu. Além disso, os tucanos gritavam: “Brasil, pra frente, Aécio presidente”.
Além de comentar a falta de estrutura de Mato Grosso, Aécio também criticou outras ações do governo Dilma Roussef, desta vez, em todo o país, como é o caso, segundo ele, do fracasso das obras do PAC, que se tornaram o filho feio da gestão têm sido deixada de lado, aos poucos. Citou como exemplo dos fracassos a transposição do Rio São Francisco. “Temos que ser o Brasil de todos e não somente na propaganda”, discursou.
Lembrou também que na gestão tucana, sob Fernando Henrique Cardoso, o governo federal aplicava 56% de todas as receitas voltadas à saúde e, hoje, são 45%. Sobre o avanço da criminalidade, ele também condenou o fato da União só ser responsável por 13%, deixando o restante para os estados. “Governo Federal não planeja, ele improvisa”, disparou e, logo em seguida, classificou a gestão Dilma como um software pirata, afinal, tem implantado ações que sempre condenou, como as privatizações – que estão sendo feitas nos aeroportos brasileiros.
A tônica do evento seguiu justamente essa linha, de ataque à União, defesa à administração FHC e a busca por novas propostas para resgatar o país e responder a manifestações feitas pela população. “Hoje é o Brasil que se encontra para dizer que nós não nos acovardamos e queremos um Brasil novo para a população”.
Ao falar sobre o Mensalão, Aécio Neves tratou a questão sem polemizar. Limitou-se a dizer que o julgamento do STF não foi político, mas sim de um pleno credenciado a dar uma resposta para a população. Ponderou, no entanto, ser correta a decisão em avaliar, por exemplo, o quadro clínico do deputado federal licenciado José Genoíno.
Comentários