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Nacional
Quarta - 18 de Julho de 2012 às 10:18
Por: Ana Carolina Torres

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O goleiro Bruno Foto: / Ricardo Barbosa / Assembleia Legislativa de Minas
O goleiro Bruno Foto: / Ricardo Barbosa / Assembleia Legislativa de Minas

Testemunha-chave do caso Bruno, Jailson Alves de Oliveira, de 51 anos, fugiu do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Cereps), em Belo Horizonte, Minas Gerais. Pelo menos, esta é a informação oficial. Para o advogado dele, Ângelo Carbone, Jailson foi vítima de uma queima de arquivo, já que iria prestar depoimento sobre a morte da modelo Eliza Samúdio. Foi ele que ouviu, em sua cela, o relato do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, dizendo que ele, Bruno e Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, tinham um plano para matar cinco pessoas, entre elas o delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações; e a juíza Marixa Fabiane Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem. Bola teria dito que essas pessoas estariam "prejudicando a sua vida".

Jailson revelou ainda que Bola confessou ter assassinado Eliza Samudio, mas que a polícia jamais encontrará o cadáver, pois o corpo foi carbonizado e desintegrado. O preso - condenado a 30 anos por latrocínio - já havia partipado de uma acareação com Bola na Divisão Especializada de Operações Especiais (Deoesp) e prestado depoimento à Justiça.

- O Jailson havia cumprido dez anos de sua pena e estava para entrar no regime semi-aberto. Não havia razão para ele fugir. Para mim, ele foi vítima de uma queima de arquivo. Jailson tinha muito medo de morrer pois recebeu várias ameaças de morte por parte de policiais para que voltasse atrás em seu depoimento. Como o Bola é ex-policial, podem ter sido pessoas ligadas a ele - disse Ângelo Carbone, adiantando que registrou as ameaças na Vara de Execuções Penais (VEP) de Minas.

O advogado contou, ainda, que a fuga de Jailson veio à tona nesta terça-feira, quando policiais foram à casa da esposa dele para procurar o preso:

- Mas acredito que ele tenha sumido há pelo menos dois dias.

Ângelo Carbone disse também que irá ao Ministério Público para denunciar o sumiço de seu cliente.

- Se necessário, vou até à Corte Internacional de Haia - afirmou.

A mulher de Jailson, uma dona de casa de 58 anos, está muito assustada com o que aconteceu. Ela também acredita que o marido está morto:

- Até agora ele não apareceu e não tinha motivo para fugir. Pode ser que não apareça mais, né?

O advogado de Bola, Zanone Manuel De Oliveira Junior, disse que é uma leviandade ligar o nome de seu cliente ao sumiço de Jailson:

- Isso é fantasia. O Bola está preso, isolado, não tem contato com ninguém.






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