Oliveira foi ouvido pela Polícia Civil no fim do ano passado e disse que Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, afirmou ter matado a ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes, queimado o corpo e jogado em uma lagoa. À época, houve uma acareação, e as declarações foram negadas por Bola e pelo defensor dele, Rodolfo de Oliveira.
De acordo com a Polícia Civil, Oliveira denunciou à Justiça que escutou uma conversa do ex-policial quando estavam na mesma unidade prisional, e o Departamento de Operações Especiais (Deoesp) foi designado para apurar o caso. O suposto esquema revelado envolvia o goleiro Bruno e Luiz Henrque Romão, o Macarrão, que também são réus no caso Eliza.
Ainda segundo Oliveira, Bola tinha um plano para matar cinco pessoas envolvidas nas investigação e no processo juducial sobre a morte da ex-namorado do goleiro Bruno Fernandes. Os alvos seriam o delegado Edson Moreira, a juíza Marixa Fabiane Rodrigues, o deputado Durval Anglo e os advogados Ércio Quaresma e José Arteiro Cavalcanti.
De acordo com a Seds, o detento conseguiu fugir nesta terça-feira (17) do Centro de Remanejamento Prisional (Ceresp) São Cristovão, em Belo Horizonte. A unidade prisional instaurou uma procedimento interno para apurar como ocorreu a fuga. Oliveira foi encontrado em Guanhães, na Região do Vale do Rio Doce de Minas Gerais, nesta quarta-feira (18).
Bola vai a júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver referente ao processo sobre Eliza. Já Oliveira está detido por acusação de latrocínio.
Caso Eliza Samudio
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus vão a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado. Em fevereiro de 2010, a jovem deu à luz um menino e alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe de Eliza, em Mato Grosso do Sul.
O goleiro, o amigo Luiz Henrique Romão – conhecido como Macarrão –, e o primo Sérgio Rosa Sales vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Sérgio responde ao processo em liberdade. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Dayanne, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio.
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