Ele trabalhava na Polícia Federal desde 1987 e atualmente estava no núcleo de inteligência que investigou Cachoeira, preso em 29 de fevereiro deste ano.
“Nesse momento é precipitado tirar qualquer conclusão em relação a esses fatos. Mas a Polícia Federal está se empenhando e seguramente nós vamos encontrar as causas desse ato perverso que vitimou o agente da PF”, afirmou Cardozo após dar posse a Vinicius Marques de Carvalho como presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
O ministro afirmou que pediu à PF “máximo rigor” na apuração do assassinato do policial. “Eu não vou afirmar nada, nem que há indícios, nem que não há. Qualquer afirmação seria leviana. O que posso afirmar que é a polícia federal está agindo de forma intensa para elucidar os fatos. Pedimos à Polícia Federal que atue com o máximo de rigor.”
Cardozo destacou que é “normal policiais sofrerem ameaças após participarem de operações de combate ao crime organizado. Indagado se seria tomada alguma providência para garantir a segurança dos agentes envolvidos nas investigações sobre o grupo de Cachoeira, o ministro afirmou:
“Em qualquer investigação que se faz sempre existe situação de ameaça. Isso é normal da vida policial. Eu não posso afirmar que nesse caso tenha havido uma ligação. Assim que tivermos indícios reveladores nos os tornaremos públicos e as medidas cabidas serão tomadas.”
Por volta das 9h15 desta quarta, a Polícia Civil do Distrito Federal finalizou o trabalho de perícia no Cemitério Campo da Esperança onde o agente federal foi morto a tiros. A equipe responsável por investigar as causas do crime trabalha com as hipóteses de latrocínio, roubo seguido de morte, mas não descarta a possibilidade de execução.A PF também acompanha as investigações.
De acordo com a PF, Macedo estava armado no momento do assassinato, mas não chegou a reagir. O assassino levou o carro que estava com o policial. A arma que o policial portava – uma Glock 9 milímetros – e a carteira não foram roubadas. Macedo, de 54 anos, era casado e tinha sete filhos. Enquanto a polícia realizava a perícia no local do assassinato, quatro filhos chegaram ao cemitério. A esposa da vítima também esteve no local e precisou ser atendida por bombeiros após passar mal.
O presidente do Sindicato dos Policiais Federais do DF, Jones Borges Leal, não descartou que o crime possa ter sido queima de arquivo. "Pode ser uma série de coisas, ainda não dá para dizer com certeza o que motivou. Mas é estranho que tenham deixado a arma que estava na cintura dele", declarou.
Macedo já tinha passado pelos serviços de proteção a testemunhas e de repressão a entorpecentes. A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) divulgou nota de pesar pela morte de Macedo e se solidarizando com a família do agente.
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